segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente?

Foto: Gentil Barreira

A Organização das Nações Unidas (ONU) está promovendo uma série de ações para conscientizar todas as pessoas sobre a importância de protegermos o meio ambiente. Você pode ser um ator fundamental nessa iniciativa, participando da campanha ONU Verde e respondendo a pergunta: “O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente?” Compartilhe, através de fotos ou filmes, as ações que você desenvolve todos os dias para cuidar do nosso planeta e que possam servir de inspiração para outras pessoas.

A campanha se encerrará no dia 5 de Junho de 2010, dia mundial do meio ambiente, quando as dez fotos mais criativas serão divulgadas neste site e os cinco melhores filmes serão veiculados pela MTV. Todos podem contribuir com imagens: fotógrafos profissionais e amadores, estudantes, ativistas da sociedade civil, funcionários públicos, funcionários da ONU etc.

Os participantes deverão responder à pergunta “O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente” através do envio de até três fotos – tiradas com celular de qualquer modelo – ou um pequeno filme de até 30 segundos, também feito com celular, acompanhados por um relato descritivo da ação de até 100 palavras. Depois de enviar suas fotos e/ou vídeos, o participante receberá um certificado online da ONU, com a frase: “Eu faço minha parte”.

O Comitê de Seleção escolherá as 10 fotos que melhor traduzam os temas da campanha para compor nossa galeria fotográfica. O resultado ficará disponível neste site a partir do dia 5 de Junho 2010.

Se sua fotografia ou filme for selecionado, você será contatado e, como recompensa, sua contribuição para com a campanha será reconhecida através da ampla disseminação do seu trabalho pela rede de comunicação das Nações Unidas no Brasil e, potencialmente, no exterior. As fotografias selecionadas e os nomes de seus respectivos contribuintes serão destacados nos vários canais de comunicação das Nações Unidas, como por exemplo, nas campanhas de mídia, releases, websites e demais instrumentos de informação da ONU.

(fonte: www.onuverde.org.br)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Seu Sustento

Foto: Gentil Barreira

Se a crise no ambiente e nos mercados tem sua raiz na capacidade limitada de aprendizado e de ação do homem, a solução haverá de sair dessa mesma capacidade que, mobilizada, costuma dar surpreendentes resultados, certo?


O grande mestre Einstein dizia que insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. As notícias do dia estão cheias de exemplos da insana repetição de mais e mais do mesmo, enquanto os desafios nas relações pessoais, na educação, no trabalho e nos negócios renovam-se constantemente. A solução para os novos problemas está na inovação. As respostas aos desafios da “insustentabilidade” ambiental, econômica e social virão em forma de novas idéias, comportamentos, métodos e processos.

Para começar, o que você entende por sustentabilidade? Difícil? Como toda palavra nova, a coitada foi recebendo tantos significados e atributos, além de ações de marketing e outras apropriações indevidas, acabou virando moda e agora tem tudo para virar sinônimo de pizza. Desvirtuada e incompreendida, o termo sustentabilidade normalmente é confundido com ecologia, aquecimento global ou reciclagem. Mas a realidade é que sustentabilidade é sinônimo de inovação. Um claro exemplo disso você pode encontrar no site D4S (www.d4s-de.org), um manual pragmático que ajudará você a criar ou desenhar projetos sustentáveis. Uma coisa é certa: ainda não existe um produto totalmente pensado com este ponto de vista. O importante é saber que, para caminharmos para isso, é preciso entender que sustentabilidade não é só uma questão de consumo consciente. É uma questão de formação, de inteligência e de cultura. O mundo já está cheio de (de)mentes mesquinhos que não gostam da palavra mudança. Faça sua parte. Você tem o poder de transformar a vida. Você e mais ninguém.

(fonte: www.d4s-de.org)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Consciência e abundância

por Paulo Roberto da Silva
Foto: Gentil Barreira

Como o modelo de nossa economia influencia a qualidade de meio ambiente?
Todo o movimento de nossa economia, independente de ser capitalista ou socialista, está baseada no sistema da escassez, então, implicitamente, ela só vai crescer e gerar os resultados a que se propõe se a escassez aumentar. Mas o principio da natureza é a abundância: você tem água de graça, ar de graça, camada de ozônio de graça, etc. Se você tem um modelo baseado na escassez, ele conflita com o principio da natureza. Na medida em que nós todos nos envolvemos com a teoria econômica, conhecendo ou não a economia, estamos sendo automaticamente adversários da natureza. O modelo econômico nos estimula a destruir a fonte de abundância. Na minha opinião, o conceito de desenvolvimento econômico sustentável é uma contradição, porque para fazer crescer a economia tem que diminuir a abundância.
O conceito de crescimento sustentável da economia segue os mesmo princípios que você considera ideais?
O crescimento da economia esta sendo cada vez mais criticado, pois ele implica em mais consumo dos recursos do meio ambiente, o que gera problemas ambientais e sociais, porque se você diminui os acessos das pessoas aos recursos, eles vão tentar conseguir ter esse acesso por outros meios, mesmo que eles sejam fora da lei. Se você gera conflito entre excluídos e incluídos, você esta gerando um problema social. Portanto, um problema ambiental é também um problema social, é impossível separar essas duas coisas. Agora, é possível levar este conceito de desenvolvimento sustentável não necessariamente para o lado de crescimento econômico. Não precisamos mais crescer, podemos ter um sistema econômico que forneça o necessário para as pessoas não passarem privação.
Estamos assistindo a uma crise econômica mundial que está sendo agravada pela diminuição dos níveis de consumo. Governantes de todo o mundo estão incentivando o aumento do consumo para a economia se reerguer. Seria possível driblar esta crise de outra maneira, sem atender a esses apelos?
Estamos vendo que a base de nossa economia está toda corroída e está tentando desesperadamente se manter. Algumas pessoas que têm carro já estão optando por não ter mais. Às vezes me perguntam se é possível mudar o consumismo dos americanos, por exemplo, que é o símbolo do exagero, pois bem, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que 27% da população americana está envolvida com o movimento da simplicidade voluntária. Estamos tendo uma grande oportunidade agora, depois de uma história de insucessos, podemos nos perguntar se queremos viver de modo diferente. Acredito que devemos começar pela menor variável, que somos nós mesmos, e depois influenciar uma mudança maior.
Desafio da sustentabilidade na CPFL Cultura - por Fernanda Bellei
Fonte: http://www.cpflcultura.com.br/post/consciencia-e-abundancia-com-paulo-roberto-da-silva

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Blackle

Foto: Andréa veras
Como é que o Blackle poupa energia?
Blackle foi criado pela Heap Media para nos fazer lembrar a todos da necessidade de salvar energia com os pequenos gestos do dia a dia nas nossas vidas. As buscas do Blackle são baseadas na Busca Personalizada do Google.
Blackle poupa energia porque o ecran é predominantemente negro. "A exibição de uma imagem é primariamente uma função das escolhas de cor e gráficos do desktop do utilizador, bem como da cor e tamanho da aplicação de windows aberta; um dado monitor pode requerer mais potencia para exibir um ecran branco (ou claro) do que um negro (ou escuro)." Roberson em al, 2002
Em Janeiro de 2007 um artigo num blogue com o titulo Um Google Negro Salvaria 750 MegaWatts/hora Por Ano, propunha a teoria de que uma versão negra do motor de busca Google iria salvar muita energia devido à popularidade do motor de busca. Desde aí tem havido algum cepticismo acerca se se conseguiria na realidade uma poupança significativa de energia e os custos em termos da legibilidade das páginas de web negras.
Nós acreditamos que existe algum valor nesse conceito porque mesmo que seja pouca a poupança de energia, é sempre uma contribuição. Segundo, pensamos que ao visualizar o Blackle cada vez que iniciamos o browser nos vamos lembrar de que precisamos de dar pequenos passos para poupar energia.
Como pode ajudar?
Pedimos-lhe que defina o Blackle como a sua página principal (defina). Assim cada vez que inicia o seu browser de Internet vai poupar um pouco de energia. Lembre-se todos os bocadinhos contam! Igualmente se irá recordar da necessidade de poupar energia cada vez que a página do Blackle aparecer.
Ajude-nos a espalhar a ideia acerca do Blackle ao pedir aos seus familiares e amigos para colocarem o Blackle como a página principal. Se tiver um blogue escreva sobre nós. Ou coloque o seguinte texto na assinatura do e-mail: "pt.Blackle.com - Poupar energia, uma busca de cada vez".
Existem outros bons sites na Internet que informam sobre como poupar energia e ser mais ecológico. Contêm muitas ideias de como com pequenos gestos podemos começar ainda hoje a fazer a diferença. Experimente Blackling "dicas para poupar energia" ou visite http://www.treehugger.com um grande blogue dedicado à consciência ambiental.

fonte:
http://br.blackle.com

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Viver e ser feliz

Foto: Alexandre Lonngren

A tribo neoliberal vai torcer o nariz. Vai achar exótico, incompatível com os padrões contábeis da sociedade capitalista. Mas o indicador da “Felicidade Interna Bruta” (FIB) vem aí. E vai dar o que falar.

No próximo dia 28, na Universidade Federal do Ceará, um seminário coloca em discussão os Novos Paradigmas de Desenvolvimento. Uma indagação, pelo menos, é pertinente nesta hora: por que o desenvolvimento econômico, medido pelo PIB, não traz às pessoas nenhuma garantia de felicidade? Sociedades altamente desenvolvidas, com um Produto Interno Bruto dez vezes maior que o da maioria dos países periféricos, apresentam altos índices de suicídios, de violência e distúrbios mentais. Esse indicador, pelo visto, não é confiável. Pode até medir o desempenho econômico, mas não traduz o essencial: o bem-estar da população, a promoção dos valores culturais e de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário, o respeito humano, a capacidade das pessoas de fruírem a vida.

Na França, Nicolas Sarkozy anunciou que o Instituto Nacional de Estatísticas vai incorporar às regras contábeis os indicadores de bem-estar. E o Presidente francês não está “viajando”. Esse novo conceito é sério, porque impõe ao Estado atentar mais para o bem-estar social, priorizar o homem, valorizar o sentimento de realização e outras expressões de felicidade.

Se a FIB for adotada internacionalmente, a França ficará em excelente posição, uma vez que se levarão em conta critérios como a alta qualidade do serviço de saúde, o sistema previdenciário e o direito a férias prolongadas. Já os Estados Unidos despencarão no ranking, por conta de políticas sociais opostas, baseadas numa cega obediência aos ditames capitalistas, que privatizam os serviços essenciais, colocando-os ao alcance de poucos.

O PIB, espelho da ditadura do capital, logo será um índice anacrônico. Já a FIB, esta vem para ficar, porque se reporta ao que mais importa ao ser humano: viver
e ser feliz.

Italo Gurgel - Jornalista
italogurgel@yahoo.com.br
http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/910481.html


Felicidade Interna Bruta será tema de Seminário

Fortaleza entrará no circuito de discussões sobre novos indicadores de progresso através do seminário "Novos paradigmas de desenvolvimento: Felicidade Interna Bruta (FIB)".
Será no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), no dia 28 de setembro, das 15h às 20h.O evento terá como palestrantes a coordenadora do FIB no Brasil e América do Sul, a psicóloga, antropóloga e estudiosa da chamada “ciência da felicidade”, Susan Andrews; o economista e professor da Pontifícia Universidade de São Paulo, Ladislau Dowbor; o coordenador geral do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul, Marcos Arruda, e o coordenador da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, Joaquim Melo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local, na data do evento.

As nove dimensões do FIB

- bom padrão de vida econômica;
- boa governança;
- educação de qualidade;
- saúde;
- vitalidade comunitária;
- proteção ambiental;
- acesso à cultura;
- gerenciamento equilibrado do tempo e
- bem estar psicológico.


Fonte: Profª Geísa Mattos, Departamento de Ciências Sociais da UFC e Coordenadora do Seminário.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pacto verde global

Foto: Dário Castro Alves

O new deal verde global não é uma utopia. Ele é possível, mas deve ser construído em cada país
.

Mais de 2 mil cientistas se reuniram este ano em
Copenhague para o congresso internacional sobre mudança climática. Quem achou que o encontro fosse gerar uma visão cataclísmica sobre o aquecimento global, errou o alvo. O congresso acendeu um alerta vermelho sobre o risco crescente de que a mudança climática acelere e provoque eventos abruptos e muito danosos. Mas não parou nas conclusões adversas.

Deixou, ao final, uma mensagem curta, com suas conclusões fundamentais, combinando alertas duros e propostas viáveis de solução. Essa mensagem diz que as tendências observadas de aquecimento estão numa
trajetória inaceitável e que há o risco de que acelerem e terminem por levar a mudanças climáticas abruptas e irreversíveis. As sociedades, especialmente as mais pobres, se mostram vulneráveis mesmo a efeitos modestos de mudanças climáticas e não teriam como suportar os resultados de temperaturas médias superiores a 2o C. É necessário criar uma rede de proteção para as nações mais pobres, contra os efeitos tremendamente desiguais da mudança climática. O potencial de disrupção social desse quadro de aquecimento global não pode ser desprezado.

Metas fracas de redução das emissões para 2020 dificultariam a realização de propostas mais ambiciosas para 2050. A mitigação
efetiva das emissões precisa começar imediatamente e demandará coordenação global e regional, numa estratégia de longo prazo.Temos os instrumentos necessários para enfrentar o desafio climático e os recursos para ampliar sua escala. A descarbonização das economias nacionais trará muitos benefícios. Vai criar empregos em atividades econômicas de baixo carbono em setores da economia e da sociedade, além de reduzir o risco de danos à saúde e perdas econômicas no futuro. Difícil discordar.

Quando os governos se reunirem em
Copenhague para as negociações formais, em dezembro, ouvirão os ecos dessa mensagem. Alguns fatores novos vão pesar muito nas decisões. Um deles é contextual, como nós, politólogos, dizemos. Trata-se da recessão global, que fará o pano de fundo das decisões. Outro, o novo governo dos Estados Unidos, que deverá remover o veto a um adequado acordo sobre o clima. Muitos tentarão usar a crise como álibi para adotar metas menos ambiciosas de redução das emissões. Mas, como argumentou Nicholas Stern, do “relatório Stern”, em Copenhague, ela reduz os custos do início da transição para um novo regime. Também permite que as medidas de reversão da crise global ofereçam os incentivos certos para estimular a descarbonização, como fizeram Estados Unidos e Inglaterra. Essas políticas de investimento e geração de emprego podem estimular o crescimento da “economia verde”, das tecnologias e energias limpas, dando-lhes firme vantagem competitiva. A idéia de um new deal verde e global é apresentada em vários círculos do diálogo climático.

por Sérgio Abranches

Sérgio Abranches é mestre em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB); M.A. e Ph.D. em ciência política pela Cornell University. Diretor e colunista de O Eco (www.oeco.com.br); comentarista de ecopolítica da rádio CBN

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cartilha: O olho do consumidor

Foto: Gentil Barreira

A cartilha "O Olho do Consumidor" foi produzida pelo Ministério da Agricultura, com arte do Ziraldo, para divulgar a criação do Selo do SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) - que pretende padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor.


faça aqui o download da cartilha.

Fonte: http://viver-sustentavel.blogspot.com

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Fonte Econômica

Foto: Gentil Barreira

Na onda da computação verde, a agência de comunicação SPRANQ da Holanda desenvolveu uma fonte de caracteres TrueType ecologicamente correta: o Spranq Eco Sans — ou apenas Ecofont — que, segundo seus criadores, pode economizar até 20% de tinta numa impressão.
Baseada no Vera Sans (uma fonte open source) a grande sacada da Ecofont é que seus caracteres são vazados com pequenos furos que, na hora de imprimir, diminui a área de cobertura de tinta.
Com a Ecofont, a SPRANQ quer estimular uma consciência. Pense na quantidade de coisas que imprimimos. É realmente necessário, ou jogamos fora papel e tinta?
A SPRANQ também pretende inspirar os grandes fabricantes de software e impressoras para que façam inovações ecológicas. Imagine uma fonte que possa mandar no driver da impressora de tal modo que, se a fonte mandasse imprimir em cinza o gasto com tinta seria muito menor se comparado com impressoras que imprimem em 100% preto. Junto com a Ecofont, economizaria bastante.A Ecofont é compatível com PC e Mac e funciona bem com aplicativos como OpenOffice e MS Office 2007. Recomenda-se o uso de uma impressora laser para obter os melhores resultados.

Baixar a Ecofont:
Ecofont.ttf
Ecofont.zip

Depois de baixar a Ecofont, basta salvar na pasta de fontes do seu computador. A Ecofont foi baseada numa fonte Open Source e pode ser usada gratuitamente. Se não quiser mais usá-la, basta excluí-la da pasta das fontes. O nome do arquivo é: Spranq_eco_sans_regular.ttf.

Fonte: http://www.ecofont.eu
http://zumo.uol.com.br/2008/12/19/agencia-lanca-fonte-que-economiza-tinta/

terça-feira, 21 de julho de 2009

O que é consumo consciente?

Foto: Andréa Veras

Pense rápido: o que é consumo? A palavra é bem conhecida de todos e, seguramente, tem algum significado para você. Consumir implica em um processo de seis etapas que, normalmente, realizamos de modo automático e, mais ainda, muitas vezes impulsivo. O mais comum é as pessoas associarem consumo a compras, o que está correto, mas incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é que partimos para a compra. E após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido.


Considerando todos esses aspectos do consumo, você vai ver que ele está presente praticamente o tempo todo em nossas vidas. Ao acordar, vamos ao banheiro e consumimos água, eletricidade, pasta de dente e sabonete. Depois tomamos café-da-manhã e lá vai café, pão, manteiga, geléia, frutas, água, eletricidade. E mais água para fazer o café e para lavar a louça. Quando saímos para o trabalho, a menos que se vá a pé ou de bicicleta, consumimos combustível, mesmo que seja do ônibus, e no caso do metrô, energia elétrica. Dependendo da ocupação de cada um, haverá diferentes tipos de consumo, mas é quase certo que haverá uso de eletricidade, papel e cafezinho, por exemplo. Portanto, mesmo que você passe o dia todo sem sequer abrir a carteira, terá consumido muita coisa.

Por isso o consumo é algo muito importante e que provoca diversos impactos. Primeiro em nós mesmos, já que temos que arcar com as despesas do consumo e também nos beneficiamos do bem estar derivado dele. Depois, o impacto na economia, porque ao adquirirmos algo, movimentamos a máquina de produção e distribuição, ativando a economia. Também afeta a sociedade, porque é dentro dela que ocorrem a produção, as trocas e as transformações provocadas pelo consumo. E por fim, o impacto sobre a natureza, que nos fornece as matérias-primas para a produção de tudo o que consumimos.
O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas precisamos aprender a produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental. Mas as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para que o consumo que nos trouxe a essa situação, se exercido de outra forma, nos tire dela. Vamos ver como?

Consumo Consciente

Bem, agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a sua vida e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como você pode usar suas escolhas de consumo para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. O caminho passa pela adoção do consumo consciente. E o que é consumo consciente? É consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. O consumidor consciente reflete a respeito de seus atos de consumo e como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, mas também sobre as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços. Tais gestos incluem o uso e descarte de recursos naturais como a água, a compra, uso e descarte dos diversos produtos ou serviços, e a escolha das empresas das quais comprar, em função de sua responsabilidade sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

Praticar o consumo consciente consiste numa atitude de liberdade de escolha e de protagonismo da própria existência. É uma tomada de posição clara, democrática e ética. O consumo consciente fatalmente irá gerar uma reflexão e tal reflexão pelos consumidores deverá gerar uma cadeia de estímulos que irá contagiar positivamente as empresas e seus funcionários, sua família, colegas e amigos que, diante do exemplo, serão impelidos a refletir sobre os seus próprios atos de consumo.

Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo simples. Você já deve ter ouvido falar que a água é um recurso natural escasso e que cerca de 30% da população mundial não tem acesso à água tratada de boa qualidade. Portanto, mesmo que você consiga arcar com sua conta de água, e portanto possa, em princípio, gastar o montante de água que lhe aprouver, tal fato trará como impacto a não disponibilidade de água, um recurso precioso e muito escasso, para um grande número de pessoas. Além disso, antes da água chegar à sua torneira, ela é tratada. Esse tratamento custa dinheiro. Se você economizar, o volume de água tratada será menor e os custos serão mais baixos. Caso contrário, para aumentar o abastecimento, a prefeitura terá de investir em novas estações de tratamento, que exigirão investimentos e usarão o dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas, tais como saúde, educação ou transporte. Um outro ponto a considerar é que, se a água for usada em quantidade maior do que a realmente necessária, talvez as fontes usadas já não consigam atender a demanda. Se isso acontecer, as autoridades terão de buscar água mais longe, o que provavelmente vai encarecer o custo da água e vai dificultar o acesso a ela pelas populações de mais baixa renda.

A falta de água de boa qualidade provoca diversos males. Entre 1995 e 2000, só no Brasil, ocorreram 700 mil internações hospitalares por doenças relacionadas à falta de água e saneamento básico. Portanto, quando você fecha a torneira ao escovar os dentes, ao se ensaboar no banho e ao lavar a louça, você está praticando um ato de consumo consciente, um ato que terá um impacto positivo sobre a sociedade porque ajudará a preservar água para os outros; terá um impacto positivo para a economia porque adiará a necessidade de novos investimentos no setor; terá um impacto positivo sobre a natureza porque não estará pressionando as nascentes; e terá um impacto positivo para você, que vai economizar na conta de água.

Consumo Consciente é:

Consumir diferente: tendo no consumo um instrumento de bem estar e não fim em si mesmo;
Consumir solidariamente: buscando os impactos positivos do consumo para o bem estar da sociedade e do meio ambiente;
Consumir sustentavelmente: deixando um mundo melhor para as próximas gerações.


(Fonte: http://www.akatu.org.br/consumo_consciente/oque)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Economia e Sustentabilidade

Foto: Jarbas Oliveira

“Será necessária uma macroeconomia para sustentabilidade que, além de reconhecer os sérios limites naturais à expansão das atividades econômicas, rompa com a lógica social do consumismo.” Em termos teóricos, esse parece ser o desafio maior a ser enfrentado pela economia e pela sociedade na entrada desse novo século para encontrar alternativas à crise civilizacional com a qual nos defrontamos. A frase do economista José Eli da Veiga, professor da USP e estudioso há três décadas do desenvolvimento sustentável, resume de forma genial os limites encontrados por todas as correntes da economia.

No artigo em questão, José Eli da Veiga pontua as três posições encontradas entre os economistas no tocante à sustentabilidade – a convencional, a ecológica e a busca de uma terceira via – e de como todas elas “tentam evitar o dilema do crescimento”. Mas seu debate, sustenta o economista, “exigirá rompimento mental com uma macroeconomia inteiramente centrada no ininterrupto aumento do consumo, em vez de um keynesianismo pretensamente esverdeado por propostas de ecoeficiência. Algo que jamais poderá deter o aumento da pressão sobre os recursos naturais”.

A questão fulcral diz respeito ao esgotamento do modelo de desenvolvimento criado e incrementado na sociedade industrial baseado em uma visão linear, progressiva, infinita e redutora de desenvolvimento, e que tem no consumo desenfreado a sua mola propulsora. Há uma crença no crescimento econômico e sua linearidade. A crise ambiental e a mudança climática estão aí para indicar o fracasso dessa perspectiva.

Esse é o background comum tanto ao liberalismo econômico como ao marxismo, o que embaralha, sob esta perspectiva, as buscas de soluções. Porque ambos são resultantes da modernidade. Bebem na fonte da racionalidade técnico-instrumental. A modernidade é marcada pela ideia de progresso alcançado pelo trabalho. Marxismo e liberalismo repousam sobre a noção de um progresso infinito. Subjaz a crença de que os recursos naturais seriam sempre abundantes, infinitos. Não haveria porque se preocupar com a possibilidade de que algum dia haveria falta dos recursos naturais (petróleo, carvão, aço, água, florestas, energia)… para alimentar a “máquina” do progresso humano.

José Eli da Veiga conclui seu instigante artigo apontando para a dificuldade de se atacar a questão do consumo: “mesmo a crítica da economia ecológica ao cerne do pensamento convencional só foi até agora assimilada por uma ínfima minoria. E uma das razões está justamente nessa incipiência da formulação de alternativa que supere o que há de mais comum nas várias teorias macroeconômicas em voga”.

Subjacente à visão moderna de desenvolvimento está uma concepção estreita, reducionista, monetarista, economicista de desenvolvimento, no qual não cabe a perspectiva da sustentabilidade. Em termos econômicos, essa discussão rebate na ideia de produto interno bruto (PIB) desenvolvido na metade do século passado e nunca revista. No novo cenário, a noção de PIB mostra-se redutora e economicista, questionando a concepção de riqueza vigente na modernidade.

Seus limites começaram a ser percebidos e denunciados por um grupo cada vez maior de ambientalistas e estudiosos, entre eles economistas. E, segundo diversas vozes, sua revisão se faz necessária, ainda que não seja a condição exclusiva. Como escreve o economista Ladislau Dowbor, professor da PUC de São Paulo, essas pessoas e esses técnicos estavam “cansados de ver o comportamento econômico ser calculado sem levar em conta – ou muito parcialmente – os interesses da população e a sustentabilidade ambiental”. Seguem algumas razões.

Para Eli da Veiga, “o PIB envolve capital físico construído e também humano. No que tange os recursos naturais, o PIB simplesmente não contempla a questão”. Dowbor também destaca esse aspecto, ao afirmar que o PIB não leva “em conta a redução dos estoques de bens naturais do planeta”. E destaca que “sempre devemos levar em conta que estamos reduzindo o estoque de bens naturais que entregaremos aos nossos filhos”. E as consequências desse “esquecimento” dos passivos ambientais são enormes. “Não levar em conta o consumo de bens não renováveis que estamos dilapidando deforma radicalmente a organização das nossas prioridades. Em termos técnicos, é uma contabilidade grosseiramente errada”, arremata Dowbor.

“O modelo que estamos vivendo hoje, a chamada sociedade de consumo é um esquema suicida e sem futuro. Nós estamos consumindo o planeta.” O alerta é do ambientalista José Antonio Lutzenberger, morto em maio de 2002. A lembrança dessas palavras quer ser uma homenagem a este importante ambientalista brasileiro. E diz mais: “Temos de nos dar conta de que o pensamento econômico que predomina hoje é suicida. Não podemos continuar olhando o planeta como um almoxarifado gratuito, de fundos infinitos”, disse em entrevista dada em 2000 e que se encontra reproduzida no n. 18 da Revista IHU On-Line, de 20-05-2002.

(Fonte: Trechos do artigo publicado no Portal Ecodebate – Cidadania e Meio Ambiente
)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Como montar uma horta em apartamento?

Foto: Fábio Arruda

A primeira coisa é escolher onde ela será montada e garantir que seja instalada num local ensolarado. Cuidados com a preparação da terra, a seleção adequada das culturas e a boa manutenção também são essenciais

Confira abaixo o passo-a-passo para a sua horta vingar.

1. Escolha do local
As hortaliças precisam receber, no mínimo, cinco horas de luz solar por dia. Por isso, o ideal é instalar a horta na varanda ou junto à janela. Prefira locais que recebem sol pela manhã.

2. Onde plantar?
Em qualquer vasilhame, de jardineiras a jarros (com volume mínimo de 1 litro) até canos de PVC (de 30 cm de diâmetro) cortados ao meio. Dá para usar também garrafas PET de 2 litros (cortadas acima da metade) ou carrinhos de mão. É preciso sempre furar embaixo para a drenagem da água.

3. Preparo do solo
Melhor comprar terra pronta, com matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio, aconselha o técnico agrícola Adejar Gualberto Marinho, da Embrapa Hortaliças. “O ideal é que a terra tenha pH 6. Se o solo for ácido demais, as plantas não vingarão”, afirma.

4. Seleção das culturas
Opte por hortaliças com raízes curtas, como alface, coentro, cebolinha, salsa, pimentão e couve-folha, ou até frutas de pequeno porte, como tomate-cereja e morango. Vegetais de raízes longas, como cenoura, rabanete e mandioquinha, não se adaptam bem a solos pouco profundos

5. Cuidados no plantio
A plantação começa com sementes ou mudas, dependendo da cultura. Pesquise o espaçamento ideal de cada planta para que ela cresça plenamente. Um pé de alface, por exemplo, deve ser plantado a 20 cm dos demais, enquanto para tomate e couve a distância sobe para 35 cm.

6. Rega e manutenção
No início, regue três vezes por dia até que a semente germine ou a muda pegue. Depois, basta uma rega diária, de preferência pela manhã. Retire plantas invasoras e proteja a horta de insetos, principalmente borboletas. Seus ovos viram larvas, que se alimentam das plantas.

(Fonte: Revista Vida Simples)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chuva e seca, problemas com a mesma raiz

(Foto: Jarbas Oliveira)

As chuvas no Nordeste e suas conseqüências trágicas trazem um aviso claro sobre os efeitos das mudanças no clima mundial. Não que seja por falta de outros alertas da natureza, mas a dimensão da catástrofe que se abate sobre toda aquela região, atingindo até agora cerca de 1 milhão de pessoas, dá uma mostra do que pode vir por aí caso não sejam tomadas medidas para reverter os impactos ambientais em nível mundial.

Ao mesmo tempo em que o Nordeste se desespera com as chuvas, no Sul do país o problema é com a seca. A estiagem vem desde o ano passado. No Rio Grande do Sul mais da metade do estado está em estado de emergência. As perdas na agricultura e na pecuária prejudicaram ainda mais a economia do estado, que já estava em situação crítica.

Mas, ainda pior que isso, os efeitos da estiagem aumentam a degradação ambiental de regiões onde, segundo especialistas, a questão essencial nem é mais só a falta de chuvas, mas o surgimento de uma desertificação gradativa que vem sendo forçada por más práticas agrícolas e pelo desmatamento.

Tanto no Nordeste quanto no Sul, o alerta é claro sobre os efeitos da ação humana sobre o clima. Nos dois lados da questão, de forma completamente oposta, mas com resultados igualmente trágicos, temos a dificuldade do ser humano em lidar com um fenômeno que tudo indica que veio para ficar: a falta d’água ou o seu excesso.

O aquecimento global indica para a elevação de cerca de um metro do nível dos oceanos, previsto até 2100, o que deve atingir populações litorâneas em todos os continentes, em um número de cerca de 145 milhões de pessoas. Por outro lado, este mesmo problema climático também causará a escassez de água ou até sua falta total em várias regiões do planeta, também sem poupar nenhum continente.


Por sua grande dimensão territorial, o Brasil já sofre ao mesmo tempo esta variação de problemas climáticos, com muita água em uma região e a seca dominando outra. Tudo com o efeito desconcertante da morte de pessoas, do prejuízo econômico e da destruição da natureza.

O drama ecológico brasileiro é de efeito cada vez mais rápido e por isso exige ações técnicas, políticas e administrativas. Medidas que enfrentem na prática os problemas ambientais tanto no nível interno quanto no aspecto externo, com o país posicionando-se com mais objetividade em relação ao ambiente global.

(Fonte: SOS Rios do Brasil)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Reduzir, reutilizar, reciclar

(Foto: Rubens Chaves)

Todos nós produzimos lixo. Geralmente não pensamos sobre ele: simplesmente o jogamos fora. Porém, o mundo está ficando sem espaço para guardar todo o lixo que se está acumulando. Se fica jogado por aí, ele se torna um risco para a saúde e é feio. Queimar o lixo polui o ar, e as cinzas, muitas vezes, são tóxicas. Às vezes, o lixo é jogado nos rios e lagos, poluindo a água. Freqüentemente ele é enterrado na terra. O lixo enterrado, muitas vezes, pode conter substâncias tóxicas que vazam no solo e poluem o abastecimento de água.


Há três coisas que podemos fazer para limitar o impacto do lixo sobre o meio ambiente: reduzir, reutilizar e reciclar.

Reduzir
A melhor solução é reduzir o lixo que produzimos em primeiro lugar. Por exemplo, só devemos comprar produtos que não venham com muita embalagem e de que realmente precisemos.
Pense cuidadosamente sobre que tipos de materiais são usados nas coisas que compramos. Uma vez que se tornam lixo, eles podem levar muito tempo para se decomporem.


Reutilizar
As pessoas são freqüentemente muito imaginativas ao reutilizarem os objetos, ao invés de jogá-los fora. Por exemplo, podemos amassar as latas de alumínio vazias e usá-las como chapa de metal. Podemos fazer móveis com sobras de madeira e usar vidros bem lavados para guardar alimentos e materiais de carpintaria e de escritório. Nas páginas 8–9 desta edição da Passo a Passo, são dados mais exemplos.


Reciclar
Se objetos como garrafas de vidro, latas de metal e de estanho, jornais e plásticos não puderem ser reutilizados, talvez seja possível reciclá-los. Por exemplo, o vidro é lavado em fábricas especiais, quebrado em pedacinhos e, então, derretido para fazer vidro “novo”, pronto para a fabricação de alguma outra coisa. Alguns países têm fábricas que reciclam estes materiais.


(Fonte: Tearfund International Learning Zone)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Faça diferença!

(Foto: Gentil Barreira )

Sustentabilidade é a palavra da moda. Mais do que um slogan, pode também refletir um estilo de vida coerente em que cada um reconhece a capacidade de seus próprios recursos e talentos e otimiza seu uso em benefício comum

Adriana Teixeira
Revista Bons Fluidos

Pode reparar, nas conversas entre os amigos, nos comerciais de televisão e nas matérias dos grandes jornais, o cuidado com o meio ambiente e a busca por uma vida mais harmônica são os temas do momento. Essa percepção de que existe algo de novo no ar acaba de ganhar uma aliada de peso com o recente levantamento divulgado pela TNS InterScience, de São Paulo, empresa de pesquisa voltada ao setor de consumo do país. Os números revelam que 51% dos brasileiro compram produtos ecologicamente corretos, como alimentos orgânicos, artigos com embalagens recicláveis e eletrodomésticos que consomem menos energia.

Esse conjunto de mudanças também se reflete no cotidiano em atitudes como reciclar o lixo, deixar o carro de vez em quando em casa e não carregar sacolas plásticas desnecessariamente. Ainda de acordo com o estudo, esse novo consumidor faz parte de uma tribo mais crítica, bem informada e menos resistente a mudanças. Porém, a grande novidade é que esses movimentos externos vêm acompanhados de transformações internas.

Isso se traduz em prestar atenção nos próprios gestos, atitudes e intenções. Ou seja, ao buscar qualidade nas ações individuais, você reflete também um comportamento sustentável. “Essa onda em direção a uma nova atitude começa como uma inquietação que passa a borbulhar dentro de nós e não tem idade para acontecer”, explica a psicóloga Luciana Gandelman, especializada em saúde mental, de São Paulo. “A vontade se mantém adormecida enquanto permanecemos acostumados com nossa vida. Até quetudo isso fica insignificante diante da vontade de fazer algo novo ou do desejo de transformação que vem da percepção do que realmente é valioso.”

terça-feira, 7 de abril de 2009

Como planejar um condomínio sustentável?












Há diversas medidas que podem deixar seu condomínio mais verde. Convencer, porém, a vizinhança a adotar tais idéias dá trabalho, assim como efetivá-las

Adriana Vieira, Mariana Lacerda, Priscilla Santos e Yuri Vasconcelos
Ilustrações: Cassiano Reis
Revista Vida Simples – 01/2009

Confira um passo-a-passo que pode ajudar você a fazer tudo nos conformes e, aí sim, ter um condomínio mais sustentável.

1. Sensibilize os moradores.
Afixe bilhetes e recortes de jornais sobre as vantagens de adotar algumas medidas sustentáveis no quadro de avisos ou no elevador. Converse com os moradores influentes e forme um grupo que encabece a idéia.

2. Faça uma primeira reunião de condomínio.
Será um bate-papo sobre como transformar o prédio em um edifício sustentável, com explicação das vantagens, inclusive econômicas. A implementação do projeto deve ser discutida em outra reunião, marcada para 15 ou 30 dias depois. Nesse intervalo de tempo, continue divulgando informações sobre sustentabilidade para não deixar a iniciativa perder a força.

3. Na segunda reunião, estabeleça prioridades.
Com base nas necessidades e nos recursos financeiros disponíveis, deve-se hierarquizar o que é mais importante e elaborar um cronograma de execução. Tente começar por obras mais simples, como gramar a calçada, ou por medidas que tragam a redução de custos, como a instalação de torneiras temporizadas nas áreas comuns do prédio.

4. Acompanhe a execução das obras e mantenha os condôminos informados.
Divulgar os impactos causados, por exemplo, na redução de despesas, é importante porque as pessoas são sensíveis aos resultados e, quando eles surgem, o projeto ganha ainda mais força.















DEZ MEDIDAS PARA UM CONDOMÍNIO MAIS VERDE
1. Implante o processo de coleta seletiva de lixo
2. Construa cisternas para a captação e o aproveitamento da água de chuva
3. Ajardine a calçada e os terraços para aumentar a área permeável
4. Instale placas de energia solar para aquecer a água do chuveiro
5. Troque as torneiras por modelos com temporizador, que gastam menos água
6. Varra calçada e pátio no lugar de lavá-los
7. Troque a churrasqueira por uma à base de gás natural, que não libera fuligem
8. Instale medidores individuais de gás e água para incentivar a redução do consumo
9. Coloque luzes com sensores de presença nas áreas comuns
10. Crie pomar e herbário

(Fonte: Rose Marie Inojosa, coordenadora da Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz (Uma-Paz), de São Paulo)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Forno Solar: Você ainda vai ter o seu

Foto: Andréa Veras

O forno solar não é novidade. Existem vários tipos, do artesanal ao industrializado. Buscando na internet, você vai encontrar muita informação sobre esse assunto.

Nosso objetivo, no entanto, é divulgar um modelo de forno solar barato e simples, que utiliza alguns materiais reciclados encontrados no lixo, como caixas de papelão, cabos de vassoura e placas metálicas. Qualquer pessoa que tenha um mínimo de habilidade com ferramentas básicas (como martelo, serrote, tesoura) poderá montar seu próprio forno.

Com o forno solar você cozinha utilizando a luz do sol como fonte de energia. É uma forma de economizar ao mesmo tempo que ajuda a proteger o planeta.

Em Fortaleza, Ceará, onde não falta sol, o fotógrafo e naturalista José Albano vem divulgando a confecção e utilização de um forno solar bastante adequado para as regiões próximas da linha do equador, onde o sol incide de maneira direta sobre a superfície, ou seja, o sol a pino. Aprenda a fazer seu forno solar nessa apostila.


(Fonte:
http://br.geocities.com/fornosolar/)

Mais informações:
http://br.geocities.com/fornosolar/

http://www.agrofloresta.net/artigos/programa_forno_solar.pdf
http://www.seara.ufc.br/tintim/fisica/fornosolar/fornosolar00.htm

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lixo eletrônico: consumidores fazem toda diferença


Foto: Gentil Barreira

Painel promovido pela USP e pelo Massachusetts Institute of Technology reuniu pesquisadores, especialistas em gestão ambiental e representantes da indústria da informática e apontou a educação e a responsabilidade compartilhada como imprescindíveis para a solução do problema

Por Manoella Oliveira
Planeta Sustentável

O Brasil não dispõe de uma legislação federal para o descarte correto de lixo eletrônico, por isso uma montanha imensurável de baterias de celular, televisões, computadores, pilhas, aparelhos de celular e outros eletrônicos obsoletos, cuja vida útil é cada vez menor, ronda a população, trazendo prejuízos para o meio ambiente e para a saúde pública.

O troca-troca não se dá apenas pelas deficiências do equipamento que surgem em função do tempo de uso, mas muitas vezes, por pura vaidade, ou seja, para que o consumidor possa exibir um aparelho com design mais moderno. E isso é, especialmente, verdade quando o produto em questão são os celulares. Em 2007, foram 21 milhões de vendas de uma mercadoria com tempo de uso médio de um ano e meio.

Os números alarmaram 14 estados do país que se esforçam para criar leis e concentrar ações. Enquanto os projetos estão em trâmite, os usuários devem se adiantar e se informar sobre o melhor manejo de sua sucata digital e a mídia deve divulgar os problemas advindos das circunstâncias mal resolvidas oriundas de um lixo de descarte mais complexo.

É isso que pensam os especialistas presentes no painel sobre o tema, promovido, no início deste ano, pelo CCE-USP - Centro de Computação Eletrônica da USP - em parceria com o MIT - Massachusetts Institute of Technology – representado por cinco pesquisadores: Adnan Shahid (Paquistão), Carlos Brovarone (Argentina), Frederic Giraut (França), Peter Klement (Alemanha) e Antoinne Machal Cajigas (Porto Rico).

Computadores verdes
Outra instrução, levantada pelo paquistanês Adnan Shahid, é a opção pelos computadores verdes. Como não existe um selo padrão nacional, o pesquisador aconselha que os consumidores procurem saber sobre qual a porcentagem reciclável do computador, se o fabricante se compromete a recolhê-lo e encaminhá-lo para a reciclagem, ao fim de sua vida útil, se ele economiza energia e se contém chumbo, entre outros critérios.

“Já existe solda sem chumbo, máquinas com maior eficiência energética, que oferecem menor risco para a saúde, com mais materiais recicláveis, placa-mãe de fácil manuseio e processo de reciclagem mais completos. Cabe ao consumidor a decisão de compra e isso pressiona os fabricantes”, afirmou. Para simplificar o trabalho, procurar pelo ISO 14001 de gestão ambiental e pelo ISO 9001 de qualidade também é uma boa opção.

Itautec e Dell são empresas que reciclam. A primeira verticalizou o processo: separa e destina para empresas homologadas e constatou que a valorização de um desktop vendido desmontado é de 140% em relação a ele desmontado. No caso do notebook, esse percentual sobe para 245%, mesmo assim o sistema não dá margem para a Itautec – e nem é esse o objetivo.

Outra boa solução é entregar as máquinas aos seus fabricantes, já que algumas empresas oferecem esse serviço. Por isso, foi consenso entre os presentes destacar que o mercado informal de máquinas passou de 73% em 2004 para 47% em 2007.

Outro ponto positivo diz respeito aos cuidados com a saúde. Estima-se que sejam vendidas 1200 milhões de pilhas ao ano, das quais 800 milhões são certificadas, ou seja, contém 0,02 mg de mercúrio. Por outro lado, as falsificadas apresentam 80 mg de mercúrio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Você sabe o que está levando para casa quando vai às compras?

Foto: Fábio Arruda


Já é possível identificar como foram fabricados muitos dos produtos à disposição nas lojas e supermercados. Como? Observando se eles possuem um selo de certificação. Essa "certidão de nascimento" garante não só a qualidade do que você está levando para casa, mas também a sua procedência desde a extração das matérias-primas de forma ambientalmente correta até a utilização responsável de mão-de-obra para sua produção. Assim, você pode escolher com conhecimento. Os principais selos de certificação encontrados no Brasil:

Alimentos Orgânicos
Além de atestarem que os produtos estão livres de agrotóxicos e pesticidas químicos, os selos também garantem que a produção de alimentos de origem animal e vegetal foi resultado de uma agropecuária feita com processos ambientalmente corretos de criação e abate de animais, plantio, cultivo e colheita de frutas, legumes, verduras e cereais.

Produtos da Floresta
Você sabia que as metrópoles são as grandes consumidoras com produtos feitos com recursos naturais da Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta adquirindo produtos com selos de certificação. Eles são encontrados em itens que vão desde lápis e embalagens de papelão até móveis, cosméticos e materiais de construção. Para receber os selos esses produtos devem ser fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à legislação ambiental e aos direitos de povos indígenas e populações que vivem em nossas matas nativas.

Eletro-Eletrônicos
O selo certifica produtos como luminárias, reatores, fios e cabos e outros materiais elétricos que estão de acordo com critérios de responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.

Economia de Energia
Garante a eficiência energética de eletro-eletrônicos domésticos como TVs, geladeiras, lavadoras de roupa e lâmpadas, entre outros, em categorias que vão de A (mais econômicos) a G (menos econômicos).

Fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O fim dos oceanos

Foto: Leo Kaswiner

Pescamos demais. Poluímos demais. Navegamos demais. E nem fazemos idéia do estrago que causamos nos mares


Por Claudia Carmello

Você nunca brincou de colocar uma concha no ouvido e ficar curtindo o barulho do mar, as ondas, a calmaria? Hoje seria bem mais realista colocar seu iPod no ouvido – e no volume máximo. Isso, sim, se aproxima do som que o oceano produz para boa parte das criaturas que vivem dentro dele. Um navio de carga emite, pelo estouro das bolhas que seus propulsores criam na água, ruídos de 150 a 195 decibéis. Imagine então o barulho produzido por 100 mil cargueiros que cruzam os mares durante o ano inteiro!

Os oceanos são 70% da superfície do planeta. Segundo a ONU, os mares estão em ruínas porque pescamos demais, produzimos lixo, gases do efeito estufa e esgoto demais e bagunçamos os ecossistemas. Ultimamente, aprendemos a pensar que o oceano está trasbordando de tanta água. Mas está acontecendo o contrário: ele está esvaziando, perdendo vida.

A próxima fronteira
Conhecemos melhor o solo da Lua do que o fundo do mar, dizem os ecologistas. Nossa última fronteira são as águas profundas: entre 200 e 7 mil metros submarinos. Elas são 90% do volume dos oceanos e podem abrigar até 100 milhões de espécies – mais do que em todo o resto do planeta. A essa profundidade, não há luz para sustentar o fitoplâncton. Portanto, só animais e bactérias circulam. Até os 1 000 metros ainda há um lusco-fusco. Abaixo disso, a escuridão é total.

Seres muito estranhos
As criaturas monstrengas das profundezas têm dentes ou olhos desproporcionais, protuberâncias que brilham no escuro, dimensões assustadoras – um tipo de água-viva chega a 40 metros de comprimento! Vivem muito tempo e deslocam-se e reproduzem-se com mais lentidão que os de superfície – por isso suas populações sofrem muito mais impacto com a sobrepesca. Já comemos animais dessas profundezas. Por exemplo, o feioso olho-de-vidro, que nada a até 1 800 metros de profundidade, vive 150 anos e não procria antes dos 30 – por isso pescá-lo comercialmente é tão pouco sustentável.

As fazendas marinhas
Uma solução encontrada para amenizar o declínio dos estoques de pesca é a aquicultura, as fazendas marinhas. Bem manejadas, as fazendas marinhas podem até aliviar a pressão sobre o oceano. Delas já saem 30% dos frutos do mar que comemos. No Brasil, os criadores de camarão desmatam e poluem imensas áreas de mangues preservados. Criadouros de salmão do Canadá sofreram uma explosão de parasitas que infestou o mar aberto e as populações selvagens.