quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Você sabe o que está levando para casa quando vai às compras?
Já é possível identificar como foram fabricados muitos dos produtos à disposição nas lojas e supermercados. Como? Observando se eles possuem um selo de certificação. Essa "certidão de nascimento" garante não só a qualidade do que você está levando para casa, mas também a sua procedência desde a extração das matérias-primas de forma ambientalmente correta até a utilização responsável de mão-de-obra para sua produção. Assim, você pode escolher com conhecimento. Os principais selos de certificação encontrados no Brasil:
Alimentos Orgânicos
Além de atestarem que os produtos estão livres de agrotóxicos e pesticidas químicos, os selos também garantem que a produção de alimentos de origem animal e vegetal foi resultado de uma agropecuária feita com processos ambientalmente corretos de criação e abate de animais, plantio, cultivo e colheita de frutas, legumes, verduras e cereais.
Produtos da Floresta
Você sabia que as metrópoles são as grandes consumidoras com produtos feitos com recursos naturais da Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta adquirindo produtos com selos de certificação. Eles são encontrados em itens que vão desde lápis e embalagens de papelão até móveis, cosméticos e materiais de construção. Para receber os selos esses produtos devem ser fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à legislação ambiental e aos direitos de povos indígenas e populações que vivem em nossas matas nativas.
Eletro-Eletrônicos
O selo certifica produtos como luminárias, reatores, fios e cabos e outros materiais elétricos que estão de acordo com critérios de responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.
Economia de Energia
Garante a eficiência energética de eletro-eletrônicos domésticos como TVs, geladeiras, lavadoras de roupa e lâmpadas, entre outros, em categorias que vão de A (mais econômicos) a G (menos econômicos).
Fonte: Planeta Sustentável
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
O fim dos oceanos
Pescamos demais. Poluímos demais. Navegamos demais. E nem fazemos idéia do estrago que causamos nos mares
Por Claudia Carmello
Você nunca brincou de colocar uma concha no ouvido e ficar curtindo o barulho do mar, as ondas, a calmaria? Hoje seria bem mais realista colocar seu iPod no ouvido – e no volume máximo. Isso, sim, se aproxima do som que o oceano produz para boa parte das criaturas que vivem dentro dele. Um navio de carga emite, pelo estouro das bolhas que seus propulsores criam na água, ruídos de 150 a 195 decibéis. Imagine então o barulho produzido por 100 mil cargueiros que cruzam os mares durante o ano inteiro!
Os oceanos são 70% da superfície do planeta. Segundo a ONU, os mares estão em ruínas porque pescamos demais, produzimos lixo, gases do efeito estufa e esgoto demais e bagunçamos os ecossistemas. Ultimamente, aprendemos a pensar que o oceano está trasbordando de tanta água. Mas está acontecendo o contrário: ele está esvaziando, perdendo vida.
A próxima fronteira
Conhecemos melhor o solo da Lua do que o fundo do mar, dizem os ecologistas. Nossa última fronteira são as águas profundas: entre 200 e 7 mil metros submarinos. Elas são 90% do volume dos oceanos e podem abrigar até 100 milhões de espécies – mais do que em todo o resto do planeta. A essa profundidade, não há luz para sustentar o fitoplâncton. Portanto, só animais e bactérias circulam. Até os 1 000 metros ainda há um lusco-fusco. Abaixo disso, a escuridão é total.
Seres muito estranhos
As criaturas monstrengas das profundezas têm dentes ou olhos desproporcionais, protuberâncias que brilham no escuro, dimensões assustadoras – um tipo de água-viva chega a 40 metros de comprimento! Vivem muito tempo e deslocam-se e reproduzem-se com mais lentidão que os de superfície – por isso suas populações sofrem muito mais impacto com a sobrepesca. Já comemos animais dessas profundezas. Por exemplo, o feioso olho-de-vidro, que nada a até 1 800 metros de profundidade, vive 150 anos e não procria antes dos 30 – por isso pescá-lo comercialmente é tão pouco sustentável.
As fazendas marinhas
Uma solução encontrada para amenizar o declínio dos estoques de pesca é a aquicultura, as fazendas marinhas. Bem manejadas, as fazendas marinhas podem até aliviar a pressão sobre o oceano. Delas já saem 30% dos frutos do mar que comemos. No Brasil, os criadores de camarão desmatam e poluem imensas áreas de mangues preservados. Criadouros de salmão do Canadá sofreram uma explosão de parasitas que infestou o mar aberto e as populações selvagens.
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