terça-feira, 26 de junho de 2012

Resumo da declaração final da Rio+20


A declaração final da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), submetida na última sexta-feira, dia 22 de junho, à ratificação de chefes de Estado e de governo das Nações Unidas, é um texto de 53 páginas, com boas intenções e o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O texto reafirma os princípios processados durante conferências e cúpulas anteriores e insiste na necessidade "de acelerar os esforços" para empregar os compromissos anteriores, homenageando as comunidades locais, que "fizeram esforços e progressos".

- "Políticas de economia verde" (3 páginas e meia do texto): "Uma das ferramentas importantes" para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável. Elas não devem "impor regras rígidas", mas "respeitar a soberania nacional de cada país", sem constituir "um meio de discriminação", nem "uma restrição disfarçada ao comércio internacional". Eles devem, também, "contribuir para diminuir as diferenças tecnológicas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento". "Cada país pode escolher uma abordagem apropriada".

- Governança mundial do desenvolvimento sustentável: o texto decide "reforçar o quadro institucional". A comissão de desenvolvimento sustentável, totalmente ineficaz, é substituída por um "fórum intergovernamental de alto nível". O Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) terá seu papel reforçado e valorizado como "autoridade global e na liderança da questão ambiental", com os recursos "assegurados" (os depósitos atualmente são voluntários) e uma representação de todos os membros das Nações Unidas (apenas 58 participam atualmente).

- "Quadro de ação": em 25 páginas, correspondentes à metade do documento, o texto propõe setores onde haja "novas oportunidades" e onde a ação seja "urgente", notavelmente devido ao fato de as conferências anteriores terem registrado resultados insuficientes.

Os 25 temas particularmente abordados incluem erradicação da pobreza, segurança alimentar, água, energia, saúde, emprego, oceanos, mudanças climáticas, consumo e produção sustentáveis.

- Objetivos de desenvolvimento sustentável: nos moldes dos Objetivos do Milênio para o desenvolvimento, cujo prazo para cumprimento se encerra em 2015, a cúpula insiste na importância de se estabelecer os ODS (Objetivos do desenvolvimento sustentável) "em número limitado, conciso e voltado à ação", aplicáveis a todos os países, mas levando em conta as "circunstâncias nacionais particulares". Um grupo de trabalho de 30 pessoas será criado até a próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro, e deverá apresentar suas propostas em 2013 para cumprimento a partir de 2015.

- Os meios de realização do desenvolvimento sustentável: "é extremamente importante reforçar o apoio financeiro de todas as origens, em particular para os países em desenvolvimento". "Os novos parceiros e fontes novas de financiamento podem desempenhar um papel". A declaração insiste na "conjugação de assistência ao desenvolvimento com o investimento privado".

O texto insiste, também, na necessidade de transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento e sobre o "reforço de capacidades" (formação, cooperação, etc).

Fonte Band.com

quarta-feira, 7 de março de 2012

Os benefícios econômicos da conservação florestal


IPAM integra grupo de pesquisadores que estuda a rentabilidade de cadeias produtivas associadas a REDD+

Estudos científicos têm buscado conhecer melhor as formas de uso e extração sustentável dos recursos naturais e abundantes da floresta amazônica, tendo como foco a manutenção da floresta em pé, o desenvolvimento econômico e a valorização do conhecimento sociocultural.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fórum Mundial da Bicicleta e o exemplo de Porto Alegre

Daniel Santini
02 de Fevereiro de 2012

Porto Alegre - Em 25 de fevereiro de 2011, em Porto Alegre (RS), o motorista Ricardo Neis apontou seu carro, acelerou e disparou intencionalmente contra mais de uma centena de pessoas que pedalavam na rua José do Patrocínio, em Porto Alegre. A violência, que deixou mais de 20 ciclistas feridos, foi assim descrita no artigo "Não foi acidente", que Thiago Benicchio escreveu para o Outras Vias - um dos mais lidos da história do blog. Agora, quase um ano após o atropelamento brutal, ciclistas que participam da Massa Crítica da cidade dão exemplo para todo o Brasil de como responder a este e tantos outros ataques que quem pedala e sonha com cidades menos poluídas e congestionadas sofre rotineiramente.

Para marcar o aniversário do episódio, além de cobrar Justiça e punição ao criminoso em questão (o que é importantíssimo), os ciclistas da cidade também organizaram um grande encontro para discussão sobre o uso de bicicletas nas cidades. Trata-se do 1º Fórum Mundial da Bicicleta, espaço aberto para cicloativistas, urbanistas, autoridades e pesquisadores das principais capitais do país e do exterior debaterem mudanças e perspectivas para melhorias nos sistemas cicloviários. Trata-se de chamar a atenção para a necessidade de políticas públicas específicas para incentivar a prática e beneficiar quem pedala nas cidades. Trata-se de responder à violência com propostas concretas, ideias e, principalmente, entusiasmo.

Ciclistas de todas as idades ocuparam as ruas da capital no final da tarde da última sexta-feiraQue é o que não faltou na última Massa Crítica de Porto Alegre, realizada na sexta-feira, 27 de janeiro, um ensaio para o que deve acontecer no próximo encontro agora no final de fevereiro. No entardecer, a cidade foi invadida por um batalhão de ciclistas coloridos, alguns com filhos, a maioria armada com sorrisos e acenos simpáticos para os motoristas e pedestres. Velhos e jovens juntos, brincadeiras, namorados de mãos dadas, cantorias animadas e gritos de apoio do pessoal que participava do Fórum Social Temático, tudo junto em uma ocupação diferente as principais ruas e avenidas da capital. Em vez de trocarem fumaça, fechadas e aceleradas agressivas, centenas de pessoas percorreram a região central compartilhando alegria. Um ano após a barbárie, a Massa Crítica se desloca com uma leveza que às vezes falta em outras Bicicletadas, como a de São Paulo.

Talvez tenha sido impressão de visitante, encantado com a gentileza da Lívia Araújo, autora do blog Bike Drops e uma das articuladoras do Fórum Mundial. Mesmo sem conhecer pessoalmente o autor do blog, ela nem hesitou em emprestar sua bicicleta reserva durante a Bicicletada e mais alguns dias. E olha que é uma bela dobrável, a bike que deve ser pedalada durante o encontro por ninguém menos que o Chris Carlsson, autor do Nowtopia e um dos criadores da Critical Mass (aliás, tem um projeto aberto no Catarse de financiamento coletivo para pagar a passagem dele para Porto Alegre - se puder, colabore).




Reações
Não deu para ver, mas alguns dos que participaram relatam que, em determinado momento, próximo a lanchonete de uma rede que vende comida industrial, um motorista trocou palavrões e chegou a descer com um bastão para ameaçar quem passava. De qualquer forma, se ele queria briga, deve ter ficado frustrado. Felizmente. Mais do que armas de ataque, a Bicicletada de Porto Alegre improvisa bagageiros de bambu e incríveis bicicletas surreais - no fim da pedalada, a Praça Zumbi dos Palmares é invadida por bicicletas de formatos malucos, pouco prováveis até.

O movimento empolga. Em diversas cidades do Brasil grupos se mobilizam para seguir pedalando até o encontro. No exterior, ciclistas de países vizinhos organizam passeios locais para lembrar, de forma solidária, a violência de um ano atrás - veja no Facebook.

Deste ciclista, a única crítica ao movimento fica pelo esquisito grito "Bicicletaaaa, um carro a menos!" (em São Paulo, a Massa Crítica costuma cantar "Menos carros, mais bicicletas", o que faz mais sentido já que são várias bicicletas no lugar de um montão de motores, e não de apenas de um carro). Hehehehe. No mais, a Bicicletada de Porto Alegre é hoje a mais gostosa de participar e a que melhor ensina a responder à truculência de quem briga e congestiona, e não transita pelas ruas.

Esse texto tem inspiração direta no "sai da rua, viado!", texto que o Denis Russo Burgierman escreveu para a Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) no Dia Mundial Sem Carro em 2010.

Fonte: O Eco (todos os direitos reservados)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cultura e Sustentabilidade


Na tarde do último domingo, 29/01, o seminário “Cultura e Sustentabilidade – Rumo à Rio+20″, realizado na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, teve foco na economia criativa, com a mesa “A dimensão econômica do desenvolvimento cultural”, que contou com a participação da secretária da Economia Criativa* do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, da especialista em economia criativa e desenvolvimento sustentável, Lala Deheinzelin, e do economista Leandro Valiati.

“A economia brasileira precisa de um novo eixo que deve ser a nossa diversidade. É necessário religar os conhecimentos. Entender os limites entre o que é institucional e o que está em movimento, como a cultura”, declarou Cláudia Leitão. Para a secretária do MinC, é preciso introduzir um novo olhar para o desenvolvimento sustentável e mapear os indicadores da economia criativa, que gera cerca de 6% do PIB do país. Cláudia lembrou que nesta segunda-feira, 30, o MinC promove junto ao IBGE uma oficina para construção da conta-satélite da Cultura, que irá aferir os números do setor.

Lala Deheinzelin destacou que “os bens intangíveis não se esgotam com o uso, mas se renovam, o que mostra o papel estratégico da economia criativa”. A sustentabilidade deve considerar o tempo, pensar o passado, o presente e o futuro e este século é um canal de enormes mudanças, onde a cultura da sustentabilidade passa pelo intangível e não se reduz as questões ligadas ao meio ambiente. “Nós da cultura criamos mentalidades e hábitos. Somos o bolo e não só a cereja”.

“É necessário transformar o crescimento brasileiro em desenvolvimento”, afirmou, Leandro Valiati. O economista explicou que o bem estar econômico tem relação direta com o consumo cultural e não somente com emprego e renda. Para ele, a economia da cultura e criativa estão cheias de canais de inovação. Valiati pontuou que é necessário garantir que as gerações futuras tenham um nível de bem estar com a cultura do país.

Para encerrar o seminário, a mesa “Diversidade e Sustentabilidade” recebeu o secretário de Políticas Culturais do MinC, Sergio Mamberti e Justo Werlang, membro do Conselho da Fundação Gaia, de Porto Alegre. A secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Jussara Cony, convidada a compor a mesa, não pôde comparecer ao seminário.

Justo iniciou sua fala apresentando o trabalho da Fundação e levou a discussão para as questões de recepção da arte e de sua produção: “o pensamento presente na gênese do trabalho artístico é que entrelaça a arte e a sustentabilidade”. Ao fazer uma análise de obras apresentadas de artistas plásticos, ele pensou o ato de criação inserido na lógica do pensamento sustentável.

O secretário Sergio Mamberti ressaltou a importância do Fórum Social Temático, pelo aprofundamento das discussões em relação à cultura, tendo em pauta tema como a própria informação como dimensão importante da cultura, sempre ameaçada, segundo Mamberti, pelos processos hegemônicos. “somente a dimensão da cultura pode propriciar o pensamento de uma nova sociedade”, disse.

Mamberti optou por um discurso otimista quanto às transformações que eventos como a Rio+20 suscitam na sociedade, apontando para o futuro: “estou convencido de que a cultura é o elemento crucial da sustentabilidade, concretizador do processo de mudança. Juntos poderemos mudar as coisas. O caminho é longo, mas temos de acreditar que podemos construir um mundo diferente, onde o Homem possa ser feliz”, continuou.

No encerramento do seminário, o secretário-executivo do MInC, Vitor Ortiz, fez um balanço das mesas e agradeceu ao grande público que prestigiou o evento. Segundo Ortiz, será ampliada a posição de todos os países do continente na contribuição do debate da Rio+20: “lá nós poderemos dar uma excelente contribuição para reforçar o papel da cultura. Que o debate ultrapasse as fronteiras do Brasil. A opinião dos países do Mercosul e outros países da América Latina será considerada na discussão sobre o tema”.

* em estruturação

Fonte: Ministério da Cultura
(Texto: Sheila Rezende, com colaboração de Leonardo Menezes – Ascom/MinC)
(Fotos: Luiz Tadeu – Ascom/MinC)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O que jogamos no esgoto?


Em setembro do ano passado, a revista Super Interessante divulgou os objetos mais esdrúxulos que desceram pelo ralo das pias e banheiros das residências de São Paulo em 2011. O levantamento, realizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (a Sabesp), pode ser ouvido no site da companhia. Tanto lixo foi jogado pelo esgoto que, entre janeiro de 2007 e janeiro de 2011, o sistema sofreu em média 3 paralisações por mês.

Entre os objetos encontrados, os mais comuns foram resíduos de poeira, fibras e fiapos e pedaços de tecido e plástico. Não só isso: restos de cozinha como vegetais e carne entupiram os filtros de tratamento diversas vezes, além de camisinhas e cápsulas de drogas. Entre as maiores bizarrices, estavam uma boneca de plástico, chinelos de borracha, embalagens de pasta de dente, cuecas, meias e afins. Para os trabalhadores da estação de tratamento, é um mistério como alguns dos itens conseguiram descer pelos canos de descarga.

A primeira constatação que podemos fazer desse levantamento é a de que pias e lixeiras andam sendo muito confundidas no Brasil. A segunda é que as estranhezas despejadas descarga abaixo escondem dois poluentes muito comuns que qualquer de nós pode acabar jogando na rede de esgotos.

O primeiro deles são as embalagens plásticas. Els estão em todo lugar, envolvendo biscoitos, barrinha de cereal, feijão, café e uma infinidade de outros produtos. Por isso são encontradas com facilidade poluindo rios, matas e bueiros. Como são impermeáveis, elas impedem que a água passe pelos canos e escoadouros. O volume desse tipo de resíduo jogado na rua contribui significativamente para a obstrução das saídas de água, causando enchentes e inundações em grandes centros urbanos.

Outro resíduo que muitas vezes despejamos na pia sem pensar duas vezes é o óleo de cozinha. Quando entra nos canos, o óleo inicia um processo de ressecamento comum à sua degradação. Mas isso faz com que ele se transforme em pedrinhas, que entopem os filtros de tratamento. Mesmo quando não ocorre essa desidratação, o óleo não se mistura com a água e pode vir a desaguar em rios e mares com o esgoto, prejudicando a vida marinha.

Atitudes simples como jogar lixo nas ruas e derramar óleo de cozinha na pia podem causar uma cadeia de eventos que contribuem para o desequilíbrio natural dentro de grandes cidades. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

2012: Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos


Sem acesso à energia sustentável, não pode haver um desenvolvimento sustentável. Um em cada cinco habitantes do planeta ainda não possui acesso à eletricidade. O dobro desse número, 3 bilhões de pessoas, dependem da queima de madeira, carvão ou restos de animais para cozinhar e se aquecer. Enquanto isso, países industrializados encaram o problema do desperdício. Ao invés de carência, existe o uso ineficiente da energia. Além disso, a dependência excessiva de combustíveis fósseis contribui significativamente para o aquecimento do planeta.

A chave para os dois desafios é prover energia sustentável para todos- energia acessível, limpa e mais eficiente. Para chamar a atenção da população mundial para este problema e, assim, fomentar ações que possam ajudar a mudar essa realidade, a ONU – Organização das Nações Unidas proclamou que 2012 será o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. 

A iniciativa faz parte do programa Sustainable Energy for All (Energia Sustentável Para Todos), comandada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O programa busca, através de parcerias com governos mundiais, ONGs e iniciativa privada, cumprir três objetivos principais:
  • Assegurar que todos tenham acesso aos serviços de energia modernos.
  • Reduzir em 40% a intensidade energética global. 
  • Aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo.
Qualquer um pode acessar o site da iniciativa e propor ações locais e globais que promovam a universalização da energia sustentável. Você também pode acessar o calendário de eventos da ONU para o Ano Internacional da Energia Sustentável.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2011


2011 foi um ano inquieto para o Planeta Terra. Um ano que nos fez lembrar que a natureza existe, ao redor das grandes cidades, e pode se levantar a qualquer momento. Mas também foi um ano de resistência, luta e união pelo meio ambiente. De um lado, fomos assolados por diversas catástrofes naturais: terremotos na Nova Zelândia e na Índia, a massiva tsunami no Japão, inundações em várias cidades da Austrália, Estados Unidos, Tailândia e Brasil. Do outro lado, tivemos ações conscientes de governos e pessoas para recuperar o planeta e conscientizar populações sobre pequenas ações que podem salvar o mundo.

Parte dessas ações aconteceram na Conferência Climática da ONU, realizada em Durban, na África do Sul. Representantes das mais de 190 nações presentes concordaram em participar do Fundo Verde, sendo a Coreia do Sul o primeiro país a aceitar investir capital para proporcionar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. A Conferência também debateu o Protocolo de Kyoto, que deveria, em tese, terminar em 2012. Foi decidido o adiamento do prazo e a aceitação da proposta de que nos próximos anos todos os países sejam obrigados a cumprir metas de redução nas emissões, para evitar que a temperatura global suba além do esperado.

O sucesso diplomático da Conferência é um bom sinal para o Rio+20, o grande encontro de Sustentabilidade que terá lugar no Brasil este ano.

Ainda no campo das leis, pequenas e grandes medidas foram tomadas para controlar abusos ambientais. A Chevro, por exemplo, foi multada em 9,5 bilhões de dólares pelo Governo do Equador, como punição para um vazamento de óleo na Amazônia. A medida serve como exemplo para outras empresas que cometam crimes ambientais. Da mesma maneira, as empresas japonesas responsáveis pelas usinas nucleares que falharam após o terremoto em março do ano passado, estão sob cuidadosa investigação. Além da possibilidade de falhas técnicas, estuda-se uma regulamentação mais severa para o uso de energia nuclear no país. E no Brasil, a prefeitura de São Paulo aprovou a lei que proíbe o uso de sacolas plásticas descartáveis no comércio, a partir deste ano. A lei estimula o uso de sacolas reutilizáveis e prevê uma diminuição de 600 milhões de sacolas por mês.

Por outro lado, pesquisas científicas das mais diversas se desenvolvem visando a diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Desde o biocombustível, vastamente regulado em 2011, até uma curiosa pesquisa na Holanda, que pretende utilizar ciclovias para a geração de energia elétrica. O projeto da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) e a empresa de tecnologia Imtech está sendo implantada na cidade Krommenie, localizada a 20 km de Amsterdã, e deve produzir 50kWh de energia por metro quadrado a cada ano. Enquanto os debates sobre Belo Monte se desenrolam no Brasil, diversos países tem buscado soluções alternativas para a crise energética.

E por tudo isso, podemos olhar 2012 com mais esperança. A ação humana ainda não encontrou soluções concretas para o problema ambiental, mas, pouco a pouco, através da conscientização e da mudança de conceitos, estamos pavimentando um futuro mais sustentável. Não à toa, 2012 foi declarado pela ONU o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos. E que venha o Rio+20!