sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como saber se um alimento é orgânico?


foto: José Albano

De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três ideias. São elas:

- Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
- Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
- Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).

Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.



Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.



10 MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS

SÃO ALIMENTOS NUTRITIVOS E SABOROSOS

Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Um alimento orgânico não contém substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos.

SAÚDE GARANTIDA

Vários pesticidas utilizados hoje em dia no Brasil estão proibidos em muitos países, em razão de consequências provocadas à saúde, tais como o câncer, as alergias e a asma. Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Além disso, os alimentos de origem animal estão contaminados pela ação dos perigosos coquetéis de antibióticos, hormônios e outros medicamentos que são aplicados na pecuária convencional, quer o animal esteja doente ou não. Consumindo orgânicos protegemos nossa saúde e a saúde de nossos familiares com a garantia adicional de não estarmos consumindo alimentos geneticamente modificados.

PROTEÇÃO ÀS FUTURAS GERAÇÕES

As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.

AMPARO AO PEQUENO PRODUTOR

O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.

SOLOS FÉRTEIS

Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.


ÁGUA PURA

Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

BIODIVERSIDADE

A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL E ECONOMIA DE ENERGIA

O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

CUSTO SOCIAL E AMBIENTAL

O alimento orgânico não é, na realidade, mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo nossas despesas com médicos e medicamentos e os custos com a recuperação ambiental.

CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.

Maiores Informações: http://www.prefiraorganicos.com.br.


Veja matéria completa no Autossustentável.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O dilema da sacola plástica

foto: Carlos Eduíno

Nas cidades de Jundiaí e Monte Mor, em São Paulo, e São Miguel do Oeste, Campo Erê, Xanxerê e Itapiranga, em Santa Catarina, os supermercados aboliram a distribuição e uso de sacolas plásticas. Há campanhas que incentivam o ato de recusar o uso das sacolas, como a deste contador.

Afinal, se a "sacolinha" é reaproveitada para encaminhar o lixo doméstico, qual o problema em utilizá-la? O pessoal do blog Autossustentável traz algumas respostas.


Lixões, aterros sanitários e incineradores

A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo o tipo. Toneladas de matérias-prima, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente chamados lixo. Seria isto lixo mesmo? Lixo é basicamente todo e qualquer material descartado, proveniente das atividades humanas.

E afinal, qual o destino para aquele saco de lixo?

Depósitos clandestinos
São aqueles locais onde um determinado cidadão ou empresa começa a jogar seu lixo. Em poucos dias o monturo vai-se avolumando e muitos começam a jogar seus dejetos lá. Esses depósitos representam uma grave ameaça à saúde pública, devem ser combatidos e denunciados. Se você tem conhecimento de algum depósito clandestino de lixo, denuncie-o ao órgão responsável pelo controle ambiental em seu estado ou município.

Lixões
Os lixões também são depósitos de lixo, sem nenhuma preparação preliminar do solo, com a diferença de que são institucionalizados, isto é, autorizados pelas Prefeituras. No Brasil esse problema é gravíssimo, em 64% dos municípios brasileiros, todo o lixo produzido é despejado indevida e irregularmente em lixões.

Esses depósitos não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para os lençóis freáticos, causando a poluição do solo, da água que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. Além de problemas de saúde causados pela poluição e doenças.

Incineradores
Incineradores são grandes fornos onde o lixo sofre uma queima controlada, com filtros, com a finalidade de evitar que os gases formados na combustão dos materiais atinjam e poluam a atmosfera. Eles tem a grande vantagem de reduzirem o volume do lixo em até 85%, mas mesmo assim existe uma sobra de cinzas e dejetos (os outros 15%), que precisam necessariamente ser levados para um aterro sanitário.

Os incineradores têm alto custo de implantação, manutenção e operação e existe muita polêmica sobre a segurança dos sistemas de filtragem, pois há evidências de que mesmo pequenas falhas podem liberar gases altamente tóxicos, causadores de câncer. Os incineradores são entretanto a forma mais indicada de tratamento para alguns tipos de lixo, como os resíduos hospitalares e resíduos tóxicos industriais.

Aterros Controlados
Os aterros chamados de controlados, geralmente são antigos lixões que passaram por um processo de remediação da área do aterro, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os efeitos do chorume gerado, canalização deste chorume para tratamento adequado, remoção dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro, recobrimento das células expostas na superfície, compactação adequada, e gerenciamento do recebimento de novos resíduos.

O gerenciamento de todas essas características permite que o aterro passe a ser controlado.

Aterros Sanitários
São ainda a melhor solução para o lixo que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Trata-se de áreas de terreno preparados para receber o lixo, com tratamento para os gases e líquidos resultantes da decomposição dos materiais, baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas.

Estas normas e critérios permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção do solo, do lençol freático, das águas superficiais e da atmosfera.

A eliminação e possível reaproveitamento do lixo são um desafio ainda a ser vencido pelas sociedades modernas. A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresa, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Ela também contribui significativamente para a vida útil do aterro.

Leia a matéria completa no blog Autossustentável.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rápido balanço de 2011 ( e ainda estamos na metade do mês de Fevereiro)

foto: Roberto Marques


"Desastres naturais deixaram o recorde de 295.000 mortos em 2010" (Agência AFP)

"Recifes naturais de ostra pelo mundo estão quase extintos, diz estudo" (Globo Natureza)

"Chicago registra a maior nevasca dos últimos 40 anos" (Globo News)

"Temporais levam tragédia a quatro países: Enchentes e deslizamentos já deixaram mais de 600 mortos e centenas de milhares de desabrigados em Brasil, Austrália, Sri Lanka e Filipinas." (BBC)

"Passa de 870 o número de mortos na Região Serrana do Rio de Janeiro" (Globo Rio)

"Terremoto de 6,4 graus sacode fronteira entre Índia e Mianmar" (Agência EFE)

"Vulcão entra em erupção no Japão e provoca atrasos em aeroportos" (Valor Online)

"Devastação após ciclone Yasi causa prejuízos à Austrália" (Agência AFP)

O planeta já foi afetado por todas essas tragédias. O que temos a ver com isso?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Começar 2011 no verde

foto: Alex Uchôa


O período que compreende o final de um ano e o início de outro é marcado por retrospectivas, ponderações e listas de metas a serem cumpridas no novo ciclo. Você já pensou nesses objetivos para 2011? Incluiu ações comprometidas com o meio ambiente?

Com a finalidade de sugerir algumas ideias, a Revista Veja, em edição especial voltada à sustentabilidade (Dezembro de 2010), publicou resultados da pesquisa "Sustentabilidade Aqui e Agora", realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, que ouviu 1100 pessoas de onze capitais no final de 2010.


O que os demais brasileiros fazem para diminuir o próprio impacto ambiental?


70% concordam que os recursos naturais são finitos e precisam ter o uso controlado;

77% preferem lâmpadas que gastem menos energia;

27% compram produtos feitos de material reciclado;

53% preferem produtos com embalagem reciclável;

62% compram água engarrafada;

17% deixaram de comprar algum produto prejudicial ao ambiente;

70% jogam pilhas e baterias no lixo doméstico;

66% descartam remédios no lixo doméstico;

33% jogam tintas e solventes no lixo doméstico;

59% acreditam que a preservação dos recursos naturais deve ter prioridade sobre o crescimento econômico;

77% descartam o óleo usado na pia;

17% possuem lixo eletrônico guardado em casa;

66% estão dispostos a separar o lixo para reciclagem;

63% pretendem eliminar o desperdício de água;

46% reduziriam o consumo de energia elétrica para ajudar o planeta;

60% deixariam de usar sacolas plásticas;

18% fariam boicote a produtos de empresas poluidoras;

12% pagariam impostos para despoluir rios;

66% acham que o desperdício de água terá consequências sérias no futuro;

59% julgam necessárias mudanças nos hábitos de consumo, transporte e alimentação para evitar problemas ambientais.


Veja o resultado integral da pesquisa em: http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/sustentabilidade_aqui_agora_182.pdf