sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2011


2011 foi um ano inquieto para o Planeta Terra. Um ano que nos fez lembrar que a natureza existe, ao redor das grandes cidades, e pode se levantar a qualquer momento. Mas também foi um ano de resistência, luta e união pelo meio ambiente. De um lado, fomos assolados por diversas catástrofes naturais: terremotos na Nova Zelândia e na Índia, a massiva tsunami no Japão, inundações em várias cidades da Austrália, Estados Unidos, Tailândia e Brasil. Do outro lado, tivemos ações conscientes de governos e pessoas para recuperar o planeta e conscientizar populações sobre pequenas ações que podem salvar o mundo.

Parte dessas ações aconteceram na Conferência Climática da ONU, realizada em Durban, na África do Sul. Representantes das mais de 190 nações presentes concordaram em participar do Fundo Verde, sendo a Coreia do Sul o primeiro país a aceitar investir capital para proporcionar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. A Conferência também debateu o Protocolo de Kyoto, que deveria, em tese, terminar em 2012. Foi decidido o adiamento do prazo e a aceitação da proposta de que nos próximos anos todos os países sejam obrigados a cumprir metas de redução nas emissões, para evitar que a temperatura global suba além do esperado.

O sucesso diplomático da Conferência é um bom sinal para o Rio+20, o grande encontro de Sustentabilidade que terá lugar no Brasil este ano.

Ainda no campo das leis, pequenas e grandes medidas foram tomadas para controlar abusos ambientais. A Chevro, por exemplo, foi multada em 9,5 bilhões de dólares pelo Governo do Equador, como punição para um vazamento de óleo na Amazônia. A medida serve como exemplo para outras empresas que cometam crimes ambientais. Da mesma maneira, as empresas japonesas responsáveis pelas usinas nucleares que falharam após o terremoto em março do ano passado, estão sob cuidadosa investigação. Além da possibilidade de falhas técnicas, estuda-se uma regulamentação mais severa para o uso de energia nuclear no país. E no Brasil, a prefeitura de São Paulo aprovou a lei que proíbe o uso de sacolas plásticas descartáveis no comércio, a partir deste ano. A lei estimula o uso de sacolas reutilizáveis e prevê uma diminuição de 600 milhões de sacolas por mês.

Por outro lado, pesquisas científicas das mais diversas se desenvolvem visando a diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Desde o biocombustível, vastamente regulado em 2011, até uma curiosa pesquisa na Holanda, que pretende utilizar ciclovias para a geração de energia elétrica. O projeto da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) e a empresa de tecnologia Imtech está sendo implantada na cidade Krommenie, localizada a 20 km de Amsterdã, e deve produzir 50kWh de energia por metro quadrado a cada ano. Enquanto os debates sobre Belo Monte se desenrolam no Brasil, diversos países tem buscado soluções alternativas para a crise energética.

E por tudo isso, podemos olhar 2012 com mais esperança. A ação humana ainda não encontrou soluções concretas para o problema ambiental, mas, pouco a pouco, através da conscientização e da mudança de conceitos, estamos pavimentando um futuro mais sustentável. Não à toa, 2012 foi declarado pela ONU o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos. E que venha o Rio+20!

Um comentário:

A Casa de Arquiteto disse...

Que Blog MASSA!
Adorei, já esta nos meus favoritos!
Parabéns pelo tema e pela inciativa!

E vendo que tem fotografias do Gentil e de outros da pra ver que o trabalho eh realmente levado a serio!

Beijos!!!!!!!