terça-feira, 26 de junho de 2012

Resumo da declaração final da Rio+20


A declaração final da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), submetida na última sexta-feira, dia 22 de junho, à ratificação de chefes de Estado e de governo das Nações Unidas, é um texto de 53 páginas, com boas intenções e o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O texto reafirma os princípios processados durante conferências e cúpulas anteriores e insiste na necessidade "de acelerar os esforços" para empregar os compromissos anteriores, homenageando as comunidades locais, que "fizeram esforços e progressos".

- "Políticas de economia verde" (3 páginas e meia do texto): "Uma das ferramentas importantes" para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável. Elas não devem "impor regras rígidas", mas "respeitar a soberania nacional de cada país", sem constituir "um meio de discriminação", nem "uma restrição disfarçada ao comércio internacional". Eles devem, também, "contribuir para diminuir as diferenças tecnológicas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento". "Cada país pode escolher uma abordagem apropriada".

- Governança mundial do desenvolvimento sustentável: o texto decide "reforçar o quadro institucional". A comissão de desenvolvimento sustentável, totalmente ineficaz, é substituída por um "fórum intergovernamental de alto nível". O Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) terá seu papel reforçado e valorizado como "autoridade global e na liderança da questão ambiental", com os recursos "assegurados" (os depósitos atualmente são voluntários) e uma representação de todos os membros das Nações Unidas (apenas 58 participam atualmente).

- "Quadro de ação": em 25 páginas, correspondentes à metade do documento, o texto propõe setores onde haja "novas oportunidades" e onde a ação seja "urgente", notavelmente devido ao fato de as conferências anteriores terem registrado resultados insuficientes.

Os 25 temas particularmente abordados incluem erradicação da pobreza, segurança alimentar, água, energia, saúde, emprego, oceanos, mudanças climáticas, consumo e produção sustentáveis.

- Objetivos de desenvolvimento sustentável: nos moldes dos Objetivos do Milênio para o desenvolvimento, cujo prazo para cumprimento se encerra em 2015, a cúpula insiste na importância de se estabelecer os ODS (Objetivos do desenvolvimento sustentável) "em número limitado, conciso e voltado à ação", aplicáveis a todos os países, mas levando em conta as "circunstâncias nacionais particulares". Um grupo de trabalho de 30 pessoas será criado até a próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro, e deverá apresentar suas propostas em 2013 para cumprimento a partir de 2015.

- Os meios de realização do desenvolvimento sustentável: "é extremamente importante reforçar o apoio financeiro de todas as origens, em particular para os países em desenvolvimento". "Os novos parceiros e fontes novas de financiamento podem desempenhar um papel". A declaração insiste na "conjugação de assistência ao desenvolvimento com o investimento privado".

O texto insiste, também, na necessidade de transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento e sobre o "reforço de capacidades" (formação, cooperação, etc).

Fonte Band.com

quarta-feira, 7 de março de 2012

Os benefícios econômicos da conservação florestal


IPAM integra grupo de pesquisadores que estuda a rentabilidade de cadeias produtivas associadas a REDD+

Estudos científicos têm buscado conhecer melhor as formas de uso e extração sustentável dos recursos naturais e abundantes da floresta amazônica, tendo como foco a manutenção da floresta em pé, o desenvolvimento econômico e a valorização do conhecimento sociocultural.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fórum Mundial da Bicicleta e o exemplo de Porto Alegre

Daniel Santini
02 de Fevereiro de 2012

Porto Alegre - Em 25 de fevereiro de 2011, em Porto Alegre (RS), o motorista Ricardo Neis apontou seu carro, acelerou e disparou intencionalmente contra mais de uma centena de pessoas que pedalavam na rua José do Patrocínio, em Porto Alegre. A violência, que deixou mais de 20 ciclistas feridos, foi assim descrita no artigo "Não foi acidente", que Thiago Benicchio escreveu para o Outras Vias - um dos mais lidos da história do blog. Agora, quase um ano após o atropelamento brutal, ciclistas que participam da Massa Crítica da cidade dão exemplo para todo o Brasil de como responder a este e tantos outros ataques que quem pedala e sonha com cidades menos poluídas e congestionadas sofre rotineiramente.

Para marcar o aniversário do episódio, além de cobrar Justiça e punição ao criminoso em questão (o que é importantíssimo), os ciclistas da cidade também organizaram um grande encontro para discussão sobre o uso de bicicletas nas cidades. Trata-se do 1º Fórum Mundial da Bicicleta, espaço aberto para cicloativistas, urbanistas, autoridades e pesquisadores das principais capitais do país e do exterior debaterem mudanças e perspectivas para melhorias nos sistemas cicloviários. Trata-se de chamar a atenção para a necessidade de políticas públicas específicas para incentivar a prática e beneficiar quem pedala nas cidades. Trata-se de responder à violência com propostas concretas, ideias e, principalmente, entusiasmo.

Ciclistas de todas as idades ocuparam as ruas da capital no final da tarde da última sexta-feiraQue é o que não faltou na última Massa Crítica de Porto Alegre, realizada na sexta-feira, 27 de janeiro, um ensaio para o que deve acontecer no próximo encontro agora no final de fevereiro. No entardecer, a cidade foi invadida por um batalhão de ciclistas coloridos, alguns com filhos, a maioria armada com sorrisos e acenos simpáticos para os motoristas e pedestres. Velhos e jovens juntos, brincadeiras, namorados de mãos dadas, cantorias animadas e gritos de apoio do pessoal que participava do Fórum Social Temático, tudo junto em uma ocupação diferente as principais ruas e avenidas da capital. Em vez de trocarem fumaça, fechadas e aceleradas agressivas, centenas de pessoas percorreram a região central compartilhando alegria. Um ano após a barbárie, a Massa Crítica se desloca com uma leveza que às vezes falta em outras Bicicletadas, como a de São Paulo.

Talvez tenha sido impressão de visitante, encantado com a gentileza da Lívia Araújo, autora do blog Bike Drops e uma das articuladoras do Fórum Mundial. Mesmo sem conhecer pessoalmente o autor do blog, ela nem hesitou em emprestar sua bicicleta reserva durante a Bicicletada e mais alguns dias. E olha que é uma bela dobrável, a bike que deve ser pedalada durante o encontro por ninguém menos que o Chris Carlsson, autor do Nowtopia e um dos criadores da Critical Mass (aliás, tem um projeto aberto no Catarse de financiamento coletivo para pagar a passagem dele para Porto Alegre - se puder, colabore).




Reações
Não deu para ver, mas alguns dos que participaram relatam que, em determinado momento, próximo a lanchonete de uma rede que vende comida industrial, um motorista trocou palavrões e chegou a descer com um bastão para ameaçar quem passava. De qualquer forma, se ele queria briga, deve ter ficado frustrado. Felizmente. Mais do que armas de ataque, a Bicicletada de Porto Alegre improvisa bagageiros de bambu e incríveis bicicletas surreais - no fim da pedalada, a Praça Zumbi dos Palmares é invadida por bicicletas de formatos malucos, pouco prováveis até.

O movimento empolga. Em diversas cidades do Brasil grupos se mobilizam para seguir pedalando até o encontro. No exterior, ciclistas de países vizinhos organizam passeios locais para lembrar, de forma solidária, a violência de um ano atrás - veja no Facebook.

Deste ciclista, a única crítica ao movimento fica pelo esquisito grito "Bicicletaaaa, um carro a menos!" (em São Paulo, a Massa Crítica costuma cantar "Menos carros, mais bicicletas", o que faz mais sentido já que são várias bicicletas no lugar de um montão de motores, e não de apenas de um carro). Hehehehe. No mais, a Bicicletada de Porto Alegre é hoje a mais gostosa de participar e a que melhor ensina a responder à truculência de quem briga e congestiona, e não transita pelas ruas.

Esse texto tem inspiração direta no "sai da rua, viado!", texto que o Denis Russo Burgierman escreveu para a Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) no Dia Mundial Sem Carro em 2010.

Fonte: O Eco (todos os direitos reservados)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cultura e Sustentabilidade


Na tarde do último domingo, 29/01, o seminário “Cultura e Sustentabilidade – Rumo à Rio+20″, realizado na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, teve foco na economia criativa, com a mesa “A dimensão econômica do desenvolvimento cultural”, que contou com a participação da secretária da Economia Criativa* do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, da especialista em economia criativa e desenvolvimento sustentável, Lala Deheinzelin, e do economista Leandro Valiati.

“A economia brasileira precisa de um novo eixo que deve ser a nossa diversidade. É necessário religar os conhecimentos. Entender os limites entre o que é institucional e o que está em movimento, como a cultura”, declarou Cláudia Leitão. Para a secretária do MinC, é preciso introduzir um novo olhar para o desenvolvimento sustentável e mapear os indicadores da economia criativa, que gera cerca de 6% do PIB do país. Cláudia lembrou que nesta segunda-feira, 30, o MinC promove junto ao IBGE uma oficina para construção da conta-satélite da Cultura, que irá aferir os números do setor.

Lala Deheinzelin destacou que “os bens intangíveis não se esgotam com o uso, mas se renovam, o que mostra o papel estratégico da economia criativa”. A sustentabilidade deve considerar o tempo, pensar o passado, o presente e o futuro e este século é um canal de enormes mudanças, onde a cultura da sustentabilidade passa pelo intangível e não se reduz as questões ligadas ao meio ambiente. “Nós da cultura criamos mentalidades e hábitos. Somos o bolo e não só a cereja”.

“É necessário transformar o crescimento brasileiro em desenvolvimento”, afirmou, Leandro Valiati. O economista explicou que o bem estar econômico tem relação direta com o consumo cultural e não somente com emprego e renda. Para ele, a economia da cultura e criativa estão cheias de canais de inovação. Valiati pontuou que é necessário garantir que as gerações futuras tenham um nível de bem estar com a cultura do país.

Para encerrar o seminário, a mesa “Diversidade e Sustentabilidade” recebeu o secretário de Políticas Culturais do MinC, Sergio Mamberti e Justo Werlang, membro do Conselho da Fundação Gaia, de Porto Alegre. A secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Jussara Cony, convidada a compor a mesa, não pôde comparecer ao seminário.

Justo iniciou sua fala apresentando o trabalho da Fundação e levou a discussão para as questões de recepção da arte e de sua produção: “o pensamento presente na gênese do trabalho artístico é que entrelaça a arte e a sustentabilidade”. Ao fazer uma análise de obras apresentadas de artistas plásticos, ele pensou o ato de criação inserido na lógica do pensamento sustentável.

O secretário Sergio Mamberti ressaltou a importância do Fórum Social Temático, pelo aprofundamento das discussões em relação à cultura, tendo em pauta tema como a própria informação como dimensão importante da cultura, sempre ameaçada, segundo Mamberti, pelos processos hegemônicos. “somente a dimensão da cultura pode propriciar o pensamento de uma nova sociedade”, disse.

Mamberti optou por um discurso otimista quanto às transformações que eventos como a Rio+20 suscitam na sociedade, apontando para o futuro: “estou convencido de que a cultura é o elemento crucial da sustentabilidade, concretizador do processo de mudança. Juntos poderemos mudar as coisas. O caminho é longo, mas temos de acreditar que podemos construir um mundo diferente, onde o Homem possa ser feliz”, continuou.

No encerramento do seminário, o secretário-executivo do MInC, Vitor Ortiz, fez um balanço das mesas e agradeceu ao grande público que prestigiou o evento. Segundo Ortiz, será ampliada a posição de todos os países do continente na contribuição do debate da Rio+20: “lá nós poderemos dar uma excelente contribuição para reforçar o papel da cultura. Que o debate ultrapasse as fronteiras do Brasil. A opinião dos países do Mercosul e outros países da América Latina será considerada na discussão sobre o tema”.

* em estruturação

Fonte: Ministério da Cultura
(Texto: Sheila Rezende, com colaboração de Leonardo Menezes – Ascom/MinC)
(Fotos: Luiz Tadeu – Ascom/MinC)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O que jogamos no esgoto?


Em setembro do ano passado, a revista Super Interessante divulgou os objetos mais esdrúxulos que desceram pelo ralo das pias e banheiros das residências de São Paulo em 2011. O levantamento, realizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (a Sabesp), pode ser ouvido no site da companhia. Tanto lixo foi jogado pelo esgoto que, entre janeiro de 2007 e janeiro de 2011, o sistema sofreu em média 3 paralisações por mês.

Entre os objetos encontrados, os mais comuns foram resíduos de poeira, fibras e fiapos e pedaços de tecido e plástico. Não só isso: restos de cozinha como vegetais e carne entupiram os filtros de tratamento diversas vezes, além de camisinhas e cápsulas de drogas. Entre as maiores bizarrices, estavam uma boneca de plástico, chinelos de borracha, embalagens de pasta de dente, cuecas, meias e afins. Para os trabalhadores da estação de tratamento, é um mistério como alguns dos itens conseguiram descer pelos canos de descarga.

A primeira constatação que podemos fazer desse levantamento é a de que pias e lixeiras andam sendo muito confundidas no Brasil. A segunda é que as estranhezas despejadas descarga abaixo escondem dois poluentes muito comuns que qualquer de nós pode acabar jogando na rede de esgotos.

O primeiro deles são as embalagens plásticas. Els estão em todo lugar, envolvendo biscoitos, barrinha de cereal, feijão, café e uma infinidade de outros produtos. Por isso são encontradas com facilidade poluindo rios, matas e bueiros. Como são impermeáveis, elas impedem que a água passe pelos canos e escoadouros. O volume desse tipo de resíduo jogado na rua contribui significativamente para a obstrução das saídas de água, causando enchentes e inundações em grandes centros urbanos.

Outro resíduo que muitas vezes despejamos na pia sem pensar duas vezes é o óleo de cozinha. Quando entra nos canos, o óleo inicia um processo de ressecamento comum à sua degradação. Mas isso faz com que ele se transforme em pedrinhas, que entopem os filtros de tratamento. Mesmo quando não ocorre essa desidratação, o óleo não se mistura com a água e pode vir a desaguar em rios e mares com o esgoto, prejudicando a vida marinha.

Atitudes simples como jogar lixo nas ruas e derramar óleo de cozinha na pia podem causar uma cadeia de eventos que contribuem para o desequilíbrio natural dentro de grandes cidades. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

2012: Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos


Sem acesso à energia sustentável, não pode haver um desenvolvimento sustentável. Um em cada cinco habitantes do planeta ainda não possui acesso à eletricidade. O dobro desse número, 3 bilhões de pessoas, dependem da queima de madeira, carvão ou restos de animais para cozinhar e se aquecer. Enquanto isso, países industrializados encaram o problema do desperdício. Ao invés de carência, existe o uso ineficiente da energia. Além disso, a dependência excessiva de combustíveis fósseis contribui significativamente para o aquecimento do planeta.

A chave para os dois desafios é prover energia sustentável para todos- energia acessível, limpa e mais eficiente. Para chamar a atenção da população mundial para este problema e, assim, fomentar ações que possam ajudar a mudar essa realidade, a ONU – Organização das Nações Unidas proclamou que 2012 será o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. 

A iniciativa faz parte do programa Sustainable Energy for All (Energia Sustentável Para Todos), comandada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O programa busca, através de parcerias com governos mundiais, ONGs e iniciativa privada, cumprir três objetivos principais:
  • Assegurar que todos tenham acesso aos serviços de energia modernos.
  • Reduzir em 40% a intensidade energética global. 
  • Aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo.
Qualquer um pode acessar o site da iniciativa e propor ações locais e globais que promovam a universalização da energia sustentável. Você também pode acessar o calendário de eventos da ONU para o Ano Internacional da Energia Sustentável.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2011


2011 foi um ano inquieto para o Planeta Terra. Um ano que nos fez lembrar que a natureza existe, ao redor das grandes cidades, e pode se levantar a qualquer momento. Mas também foi um ano de resistência, luta e união pelo meio ambiente. De um lado, fomos assolados por diversas catástrofes naturais: terremotos na Nova Zelândia e na Índia, a massiva tsunami no Japão, inundações em várias cidades da Austrália, Estados Unidos, Tailândia e Brasil. Do outro lado, tivemos ações conscientes de governos e pessoas para recuperar o planeta e conscientizar populações sobre pequenas ações que podem salvar o mundo.

Parte dessas ações aconteceram na Conferência Climática da ONU, realizada em Durban, na África do Sul. Representantes das mais de 190 nações presentes concordaram em participar do Fundo Verde, sendo a Coreia do Sul o primeiro país a aceitar investir capital para proporcionar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. A Conferência também debateu o Protocolo de Kyoto, que deveria, em tese, terminar em 2012. Foi decidido o adiamento do prazo e a aceitação da proposta de que nos próximos anos todos os países sejam obrigados a cumprir metas de redução nas emissões, para evitar que a temperatura global suba além do esperado.

O sucesso diplomático da Conferência é um bom sinal para o Rio+20, o grande encontro de Sustentabilidade que terá lugar no Brasil este ano.

Ainda no campo das leis, pequenas e grandes medidas foram tomadas para controlar abusos ambientais. A Chevro, por exemplo, foi multada em 9,5 bilhões de dólares pelo Governo do Equador, como punição para um vazamento de óleo na Amazônia. A medida serve como exemplo para outras empresas que cometam crimes ambientais. Da mesma maneira, as empresas japonesas responsáveis pelas usinas nucleares que falharam após o terremoto em março do ano passado, estão sob cuidadosa investigação. Além da possibilidade de falhas técnicas, estuda-se uma regulamentação mais severa para o uso de energia nuclear no país. E no Brasil, a prefeitura de São Paulo aprovou a lei que proíbe o uso de sacolas plásticas descartáveis no comércio, a partir deste ano. A lei estimula o uso de sacolas reutilizáveis e prevê uma diminuição de 600 milhões de sacolas por mês.

Por outro lado, pesquisas científicas das mais diversas se desenvolvem visando a diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Desde o biocombustível, vastamente regulado em 2011, até uma curiosa pesquisa na Holanda, que pretende utilizar ciclovias para a geração de energia elétrica. O projeto da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) e a empresa de tecnologia Imtech está sendo implantada na cidade Krommenie, localizada a 20 km de Amsterdã, e deve produzir 50kWh de energia por metro quadrado a cada ano. Enquanto os debates sobre Belo Monte se desenrolam no Brasil, diversos países tem buscado soluções alternativas para a crise energética.

E por tudo isso, podemos olhar 2012 com mais esperança. A ação humana ainda não encontrou soluções concretas para o problema ambiental, mas, pouco a pouco, através da conscientização e da mudança de conceitos, estamos pavimentando um futuro mais sustentável. Não à toa, 2012 foi declarado pela ONU o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos. E que venha o Rio+20!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como saber se um alimento é orgânico?


foto: José Albano

De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três ideias. São elas:

- Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
- Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
- Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).

Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.



Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.



10 MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS

SÃO ALIMENTOS NUTRITIVOS E SABOROSOS

Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Um alimento orgânico não contém substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos.

SAÚDE GARANTIDA

Vários pesticidas utilizados hoje em dia no Brasil estão proibidos em muitos países, em razão de consequências provocadas à saúde, tais como o câncer, as alergias e a asma. Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Além disso, os alimentos de origem animal estão contaminados pela ação dos perigosos coquetéis de antibióticos, hormônios e outros medicamentos que são aplicados na pecuária convencional, quer o animal esteja doente ou não. Consumindo orgânicos protegemos nossa saúde e a saúde de nossos familiares com a garantia adicional de não estarmos consumindo alimentos geneticamente modificados.

PROTEÇÃO ÀS FUTURAS GERAÇÕES

As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.

AMPARO AO PEQUENO PRODUTOR

O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.

SOLOS FÉRTEIS

Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.


ÁGUA PURA

Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

BIODIVERSIDADE

A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL E ECONOMIA DE ENERGIA

O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

CUSTO SOCIAL E AMBIENTAL

O alimento orgânico não é, na realidade, mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo nossas despesas com médicos e medicamentos e os custos com a recuperação ambiental.

CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.

Maiores Informações: http://www.prefiraorganicos.com.br.


Veja matéria completa no Autossustentável.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O dilema da sacola plástica

foto: Carlos Eduíno

Nas cidades de Jundiaí e Monte Mor, em São Paulo, e São Miguel do Oeste, Campo Erê, Xanxerê e Itapiranga, em Santa Catarina, os supermercados aboliram a distribuição e uso de sacolas plásticas. Há campanhas que incentivam o ato de recusar o uso das sacolas, como a deste contador.

Afinal, se a "sacolinha" é reaproveitada para encaminhar o lixo doméstico, qual o problema em utilizá-la? O pessoal do blog Autossustentável traz algumas respostas.


Lixões, aterros sanitários e incineradores

A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo o tipo. Toneladas de matérias-prima, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente chamados lixo. Seria isto lixo mesmo? Lixo é basicamente todo e qualquer material descartado, proveniente das atividades humanas.

E afinal, qual o destino para aquele saco de lixo?

Depósitos clandestinos
São aqueles locais onde um determinado cidadão ou empresa começa a jogar seu lixo. Em poucos dias o monturo vai-se avolumando e muitos começam a jogar seus dejetos lá. Esses depósitos representam uma grave ameaça à saúde pública, devem ser combatidos e denunciados. Se você tem conhecimento de algum depósito clandestino de lixo, denuncie-o ao órgão responsável pelo controle ambiental em seu estado ou município.

Lixões
Os lixões também são depósitos de lixo, sem nenhuma preparação preliminar do solo, com a diferença de que são institucionalizados, isto é, autorizados pelas Prefeituras. No Brasil esse problema é gravíssimo, em 64% dos municípios brasileiros, todo o lixo produzido é despejado indevida e irregularmente em lixões.

Esses depósitos não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para os lençóis freáticos, causando a poluição do solo, da água que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. Além de problemas de saúde causados pela poluição e doenças.

Incineradores
Incineradores são grandes fornos onde o lixo sofre uma queima controlada, com filtros, com a finalidade de evitar que os gases formados na combustão dos materiais atinjam e poluam a atmosfera. Eles tem a grande vantagem de reduzirem o volume do lixo em até 85%, mas mesmo assim existe uma sobra de cinzas e dejetos (os outros 15%), que precisam necessariamente ser levados para um aterro sanitário.

Os incineradores têm alto custo de implantação, manutenção e operação e existe muita polêmica sobre a segurança dos sistemas de filtragem, pois há evidências de que mesmo pequenas falhas podem liberar gases altamente tóxicos, causadores de câncer. Os incineradores são entretanto a forma mais indicada de tratamento para alguns tipos de lixo, como os resíduos hospitalares e resíduos tóxicos industriais.

Aterros Controlados
Os aterros chamados de controlados, geralmente são antigos lixões que passaram por um processo de remediação da área do aterro, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os efeitos do chorume gerado, canalização deste chorume para tratamento adequado, remoção dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro, recobrimento das células expostas na superfície, compactação adequada, e gerenciamento do recebimento de novos resíduos.

O gerenciamento de todas essas características permite que o aterro passe a ser controlado.

Aterros Sanitários
São ainda a melhor solução para o lixo que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Trata-se de áreas de terreno preparados para receber o lixo, com tratamento para os gases e líquidos resultantes da decomposição dos materiais, baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas.

Estas normas e critérios permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção do solo, do lençol freático, das águas superficiais e da atmosfera.

A eliminação e possível reaproveitamento do lixo são um desafio ainda a ser vencido pelas sociedades modernas. A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresa, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Ela também contribui significativamente para a vida útil do aterro.

Leia a matéria completa no blog Autossustentável.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rápido balanço de 2011 ( e ainda estamos na metade do mês de Fevereiro)

foto: Roberto Marques


"Desastres naturais deixaram o recorde de 295.000 mortos em 2010" (Agência AFP)

"Recifes naturais de ostra pelo mundo estão quase extintos, diz estudo" (Globo Natureza)

"Chicago registra a maior nevasca dos últimos 40 anos" (Globo News)

"Temporais levam tragédia a quatro países: Enchentes e deslizamentos já deixaram mais de 600 mortos e centenas de milhares de desabrigados em Brasil, Austrália, Sri Lanka e Filipinas." (BBC)

"Passa de 870 o número de mortos na Região Serrana do Rio de Janeiro" (Globo Rio)

"Terremoto de 6,4 graus sacode fronteira entre Índia e Mianmar" (Agência EFE)

"Vulcão entra em erupção no Japão e provoca atrasos em aeroportos" (Valor Online)

"Devastação após ciclone Yasi causa prejuízos à Austrália" (Agência AFP)

O planeta já foi afetado por todas essas tragédias. O que temos a ver com isso?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Começar 2011 no verde

foto: Alex Uchôa


O período que compreende o final de um ano e o início de outro é marcado por retrospectivas, ponderações e listas de metas a serem cumpridas no novo ciclo. Você já pensou nesses objetivos para 2011? Incluiu ações comprometidas com o meio ambiente?

Com a finalidade de sugerir algumas ideias, a Revista Veja, em edição especial voltada à sustentabilidade (Dezembro de 2010), publicou resultados da pesquisa "Sustentabilidade Aqui e Agora", realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, que ouviu 1100 pessoas de onze capitais no final de 2010.


O que os demais brasileiros fazem para diminuir o próprio impacto ambiental?


70% concordam que os recursos naturais são finitos e precisam ter o uso controlado;

77% preferem lâmpadas que gastem menos energia;

27% compram produtos feitos de material reciclado;

53% preferem produtos com embalagem reciclável;

62% compram água engarrafada;

17% deixaram de comprar algum produto prejudicial ao ambiente;

70% jogam pilhas e baterias no lixo doméstico;

66% descartam remédios no lixo doméstico;

33% jogam tintas e solventes no lixo doméstico;

59% acreditam que a preservação dos recursos naturais deve ter prioridade sobre o crescimento econômico;

77% descartam o óleo usado na pia;

17% possuem lixo eletrônico guardado em casa;

66% estão dispostos a separar o lixo para reciclagem;

63% pretendem eliminar o desperdício de água;

46% reduziriam o consumo de energia elétrica para ajudar o planeta;

60% deixariam de usar sacolas plásticas;

18% fariam boicote a produtos de empresas poluidoras;

12% pagariam impostos para despoluir rios;

66% acham que o desperdício de água terá consequências sérias no futuro;

59% julgam necessárias mudanças nos hábitos de consumo, transporte e alimentação para evitar problemas ambientais.


Veja o resultado integral da pesquisa em: http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/sustentabilidade_aqui_agora_182.pdf

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cotidiano Sustentável

foto: Alexandre Lonngren


Mais dicas para praticar um estilo de vida alinhado à consciência ambiental.


Ventilador x Ar condicionado


Use mais ventilador ao invés de ar-condicionado: um ventilador de teto, por exemplo, gasta 90% menos energia se comparado a um ar-condicionado. Portanto, sempre que possível, use mais o ventilador. Uma outra alternativa é combinar o uso dos dois. Regule seu ar-condicionado no mínimo e ligue o ventilador de teto.

Melhor mesmo é otimizar a utilização da ventilação natural.

Limpe ou troque os filtros: um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.

Desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expediente: em um período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que significa quase um mês de economia no final do ano. Além disso, a temperatura começa a ser mais amena no final do expediente.

Numa fria

Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias: o excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo com que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, troque de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.

À mesa

Cozinhe mais em panela de pressão: você pode cozinhar tudo (feijão, arroz, carne, peixe, macarrão etc.), de forma rápida economizando 70% do gás.

Cozinhe em fogo mínimo: a comida não cozinha mais rapidamente com fogo alto, pois a água não ultrapassa 100°C em uma panela comum.

Frequente restaurantes naturais/orgânicos: ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e, assim, estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.

Números legais

Considere o impacto de seus investimentos: o dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro de seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.

Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata : seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas, também, para a margem de lucro alardeada todos os anos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia mundial sem carro


foto: Zé Martinusso

Mobilidade Humana & o Dia mundial sem sarro

Fazemos parte de uma rede de pessoas. Sim, pessoas que compartilham os desejos mais íntimos de viver num mundo melhor hoje.

No dia 22 de setembro, desejamos abertamente poder viver em cidades contentes, onde os barulhos dos automóveis e motos sejam substituídos por risadas de crianças bricando nos parques da cidade, pela alegria de alguém que encontra os amigos na padaria pela manhã, pelas conversas acaloradas dos jovens indo para a escola, o estalo do beijo na boca do casal que se encontra para um sorvete, os cochichos das rodas de conversa nas calçadas...

No Dia Mundial Sem Carro, confabulamos que a mobilidade seja mais humana. Participe! Comece deixando o seu carro em casa e partilhando caronas, caminhadas, pedaladas de bicicleta e trajetos de ônibus. As cidades agradecem!!!

Visite Mobilidade Humana em: http://mobilidadehumana.ning.com/?xg_source=msg_mes_network.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um grau a menos


Foto: Daniel Vergara

Há uma iniciativa simples que podemos empreender para diminuir a temperatura do planeta. Ao pintar o nosso telhado de branco (a tinta deve ser adequada para ambientes externos) aumentamos a capacidade de reflexão da luz, deixamos nossa casa mais fresca e, consequentemente, economizamos energia - geladeira, freezer e ar condicionado utilizam sua capacidade num nível menor.

Essa iniciativa é motivada pela campanha mundial One Degree Less, da ONG Green Building Council Brasil (GBC), e visa ajudar a minimizar os impactos ambientais baixando a temperatura global em 1ºC. De acordo com a GBC para cada 100m² pintados de branco são compensadas 10 toneladas de emissão de CO2 por ano.

Participe da campanha: pinte o telhado da sua casa, da sua empresa e atue definitivamente para recuperar o ecossistema do planeta.

Saiba mais sobre o One Degree Less no Brasil.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Espalhe o verde

Foto: Gentil Barreira

Certo. Você já faz coleta seletiva do lixo, desconecta os eletrodomésticos da tomada quando não os está usando, vai para o trabalho de transporte coletivo ou bicicleta duas vezes por semana, revisou os encanamentos e deu fim aos vazamentos e infiltrações, evita desperdiçar água no banho e ao escovar os dentes, já trocou todas as lâmpadas de casa por fluorescentes econômicas. Muito bem.

Algo mais? Você acumula roupas até a quantidade máxima da máquina de lavar e as estende ao ar livre para secar, aproveitando para passá-las todas de uma só vez, manda seu carro para lava jatos a seco, usa ecobags e evita receber sacolas plásticas, procura usar papel reciclado, imprime algo apenas quando é inevitável e ainda usa as duas faces da folha. Podemos dizer que sua conduta é invejável. Mas, você leva esses hábitos para seu local de trabalho? Se sua resposta é sim, parabéns.

Saiba: sua empresa pode fazer mais pelo planeta. Participar de um negócio que leva em consideração o cuidado com a biodiversidade inclui ações além do nível individual. No entanto, sabemos que sem a colaboração de cada um, uma postura sustentável dificilmente vigora de fato.

Além de ações de combate ao desperdício de bens naturais não renováveis uma atitude consciente pode estender-se à natureza dos insumos utilizados para confeccionar os produtos comercializados, ou ainda para dar suporte aos serviços oferecidos pela empresa. Um exemplo seria utilizar madeira certificada, papel reciclado, materiais biodegradáveis etc.

Incentivar hábitos de consciência ecológica nos clientes e colaboradores, usar energia limpa (solar, eólica etc.), implantar o reuso de água, instalar filtros nos escapamentos dos veículos e diminuir as emissões de CO2 são atitudes que podem ser empreendidas. Outra possibilidade é aproveitar e valorizar a luz natural e a circulação de ar ao ter um prédio com janelas, o que diminui o uso do ar condicionado e torna o ambiente mais agradável; assim como ter um jardim de inverno ou um espaço de convivência ao ar livre. Não há espaço? Crie uma horta vertical. Quer mais verde? Cubra seu teto de plantas e tenha um ambiente mais fresco (procure um arquiteto para saber qual tipo de vegetal pode utilizar).

A postura comercial sustentável ainda pode ser ampliada. É necessário pensar estratégias que beneficiem o meio ambiente inclusive além dos limites físicos da empresa: negociar créditos de carbono, criar e participar de programas de conservação da biodiversidade junto à comunidade vizinha, escolher parceiros e fornecedores que também estejam alinhados com a pauta dos cuidados com o meio ambiente e além de tudo isso, desenvolver o planejamento estratégico focado com todas essas ações.

Criar uma empresa verde é uma tarefa de todas as pessoas que colaboram no negócio. Como no futebol, paixão nacional onde o time precisa dar as mãos para alcançar o gol, a equipe precisa unir suas idéias e forças para atingir o objetivo: uma conduta empresarial comprometida com o meio ambiente de fato.